Record: ataque hacker também vazou dados de ex-funcionários

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Imagem: Record TV Rio

Cartas enviadas pela RecordTV a ex-funcionários confirmaram oficialmente o que já se sabia: durante o ataque hacker que “sequestrou” dados da emissora no dia 8 de outubro, informações pessoais de seus empregados foram expostas. Isso inclui dados de identidade, salários e informações dos dependentes.

Na correspondência, a qual o Tecnoblog teve acesso, a emissora paulista informa que “foi identificado o impacto a uma base legada da área de Recursos Humanos”. Leia-se: os hackers tiveram, sim, acesso a um antigo banco de dados e conseguem dessa forma acessar informações de pessoas que nem trabalham mais na empresa.

A Record detalha até mesmo os tipos de dados sensíveis que foram expostos:

  • dados cadastrais para contato e comprovação de identidade;
  • dados de saúde;
  • dados referentes à relação empregatícia, incluindo informações de dependentes;
  • dados sobre filiação sindical;
  • dados financeiros.

A apresentadora Ana Hickmann teve dados pessoais vazados pelos hackers. (Fonte: RecordTV/Divulgação.)A apresentadora Ana Hickmann teve dados pessoais vazados pelos hackers. (Fonte: RecordTV/Divulgação.)Fonte:  RecordTV 

Evitando futuras ações jurídicas

Tendo recebido, ele próprio, uma das cartas sobre vazamento de dados, o colunista Gabriel Vaquer do Notícias da TV, do portal Uol, afirma que prestou serviços à Record em 2015, Ele acredita que o objetivo da emissora "foi se prevenir de alguma acusação futura e até de um processo judicial".

Esta é uma das primeiras vezes que a empresa de Edir Macedo admite publicamente o roubo de dados. Além de uma consultoria externa especializada, a empresa afirma que "a Autoridade Nacional de Proteção de Dados também foi comunicada do evento". A ANPD é um órgão diretamente ligado à Presidência da República, relacionado a proteção de dados pessoais e privacidade.

Apesar do comunicado, no qual afirma que "está monitorando a deep web", a Record pode "ser autuada ou sofrer processo por alguém que se sentisse lesado caso os dados vazassem, o que seria um descumprimento da Lei nº 13.709/2018 [Lei da LGPD]", conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais", diz o advogado Fernando Silva, entrevistado por Vaquer.

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