NSO Group ainda usa Pegasus para espionar iPhones

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O site TechCrunch divulgou nesta terça-feira (5) a denúncia de uma jornalista jordaniana e defensora dos direitos humanos, sobre um ataque hacker sofrido por ela em dezembro de 2021, cujo ator foi o spyware Pegasus da empresa israelense NOS Group. O que chama a atenção é que a violação ocorreu apenas algumas semanas após a Apple ter entrado com um processo contra a empresa criadora do software espião.

A premiada jornalista Suhair Jaradat solicitou uma perícia em seu iPhone para as empresas Front Line Defenders e Citizen Lab. A análise revelou que o aparelho havia sido hackeado pelo notório spyware no dia 5 de dezembro de 2021.

O spyware desenvolvido pelo NSO Group oferece aos clientes governamentais um acesso praticamente ilimitado ao celular visado, o que inclui dados pessoais, fotos, mensagens e localização. Embora vítimas como Jaradat tenham recebido mensagens de texto com links maliciosos, a empresa israelense já é capaz de hackear iPhones de forma silenciosa, sem qualquer interação do usuário, através de ataques chamados de “zero-click”.

Suhair Jaradat fez perícia de seu iPhone em empresas de cibersegurança. (Fonte: Suhair Jaradat/Facebook/Reprodução.)Suhair Jaradat fez perícia de seu iPhone em empresas de cibersegurança. (Fonte: Suhair Jaradat/Facebook/Reprodução.)Fonte:  Suhair Jaradat/Facebook 

O processo da Apple

No dia 23 de novembro do ano passado, pouco mais de uma semana antes do ataque ao iPhone de Jaradat, a Apple havia entrado com um pedido de liminar em uma corte federal dos EUA, para proibir o NSO de usar produtos e serviços com a marca da Maçã para desenvolver e implantar hacks contra seus usuários.

Se a liminar fosse concedida, isso facilitaria a vida dos fabricantes do spyware, uma vez que eles dependem em grande parte da utilização de alguns serviços disponibilizados pela Apple, como o exclusivo serviço de mensagens iMessage. Investigações da empresa de Cupertino mostram que o serviço é usado para criar contas de usuário para entregar o malware. No entanto, a juíza designada para o caso se recusou a assumi-lo.

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