FBI vendeu celulares 'grampeados' para monitorar criminosos

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Imagem: Pixabay

Uma operação internacional realizada por polícias de vários países terminou com a prisão de centenas de criminosos, depois que eles usaram celulares criptografados pelo FBI para se comunicar. Os resultados da investigação foram divulgados nesta terça-feira (08).

Intitulada “Trojan Shield” (ou “Escudo de Troia”, em tradução livre), a operação teve início em 2018, quando o FBI se juntou à Polícia Federal da Austrália. As duas organizações criaram um app de mensagens criptografadas chamado ANOM, que vinha em um telefone supostamente seguro, vendido a grupos do crime organizado.

Mais de 12 mil aparelhos foram parar nas mãos de 300 organizações criminosas de diversos países, ganhando a confiança de figuras reconhecidas no meio. No entanto, elas não sabiam que mais de 27 milhões de mensagens trocadas usando a plataforma estavam sendo interceptadas pelo FBI, permitindo o monitoramento dos grupos.

Mais de 27 milhões de mensagens entre criminosos foram monitoradas na plataforma.Mais de 27 milhões de mensagens entre criminosos foram monitoradas na plataforma.Fonte:  Pixabay 

Os celulares adquiridos por US$ 2 mil cada, o equivalente a mais de R$ 10 mil pela cotação de hoje, tinham apenas o serviço de mensagens funcionando (não havia GPS nem sistema de ligações). Ele vinha disfarçado no app da calculadora do smartphone e exigia um código enviado pelo ANOM para ser ativado.

O que foi descoberto?

Nas conversas usando o falso app de bate-papo do crime organizado, os policiais interceptaram grupos tramando assassinatos, compartilhando planos para traficar drogas em massa e diversos outros tipos de esquemas ilegais. Fotos de toneladas de cocaína escondidas em meio a frutas também eram comuns, segundo a BBC.

Contando com mais de 9 mil agentes em todo o mundo, a operação Trojan Shield resultou na prisão de aproximadamente 800 suspeitos de envolvimento com crimes em vários países, dos quais mais de 200 na Austrália.

Também foram apreendidos US$ 48 milhões em criptomedas e dinheiro, 32 toneladas de drogas (cocaína, maconha e mais), 55 veículos de luxo e 250 armas de fogo.

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