)
Recentemente, diversos ataques hackers foram notícias dos principais meios de comunicação. A motivação para que a mídia tenha dispensado tanta atenção a esse assunto são as atividades recentes de grupos como LulzSec e Anonymous.
Nossos vídeos em destaque
E apesar de o nome desses dois grupos ainda figurarem nas primeiras páginas dos principais sites de notícias, eles representam apenas uma pequena parte das ameaças a que grandes servidores estão expostos. Graças a eles, outros grupos foram criados e alguns declaram até mesmo guerra contra esses “hack stars”!
Confira abaixo a lista dos clãs hackers que estão apavorando a internet e tirando o sono de empresas, governos e celebridades.
Lulzsec
Nada mais justo do que começar a lista com a grande estrela deste ano. O LulzSec ganhou notoriedade ao atacar a Playstation Network, roubando dados de mais de 1 milhão de contas de usuários do sistema.
Primeiros ataques
Logo usado pelo LulzSec (Fonte da imagem: Wikipedia)
Mas o primeiro registro de ataque do grupo se deu em maio de 2011, quando a emissora de TV Fox News classificou o rapper Common como indesejado e imoral, após o cantor ter sido convidado pela primeira dama Michelle Obama para participar de um recital de poesia na Casa Branca. A polêmica toda se deu pelo conteúdo político das letras de Common, que causou críticas severas das alas mais conservadoras dos EUA.
O ataque à Fox foi uma retaliação aos comentários dos apresentadores da emissora. Na ocasião, o grupo divulgou na internet centenas de senhas e logins de emails dos funcionários da emissora, além de divulgar dados pessoais de 73 mil participantes do programa “The X Factor”. Os hackers também invadiram o perfil no LinkedIn de Marian Lai, Vice-presidente da Fox.
Ainda em maio, o grupo invadiu o site da rede de televisão PBS, roubando dados de usuários e publicando uma notícia falsa, alegando que o rapper Tupac Shakur continuava vivo e morando na Nova Zelândia.
O LulzSec prosseguiu com alvos cada vez mais audaciosos. Os hackers tentaram invadir a Nintendo, mas de acordo com a companhia, nenhuma informação valiosa foi acessada pelo grupo. Mais tarde os integrantes declaram que nunca pretenderam fazer mal à Nintendo e que gostam muito do N64.
Alvos governamentais
)
Em junho de 2011, foram os responsáveis pelo vazamento de mais de 25 mil contas de usuários de um site pornográfico. Entre os emails cadastrados estavam o de funcionários do governo malaio e de militares dos EUA. Para manter a privacidade desses usuários, o Facebook cancelou as contas que estavam cadastradas com o mesmo endereço dos emails divulgados pelo LulzSec.
O “currículo” do grupo ganhou mais respeito depois da invasão a sites da CIA e do FBI, além do vazamento de dados de usuários do site senate.gov. Como se não bastasse, o LulzSec também prestou uma espécie de serviço social ao avisar o Sistema de Saúde Nacional do Reino Unido sobre as diversas falhas de segurança que o seu sistema continha.
Em 15 de junho, o grupo também assumiu a autoria do ataque DDoS ao site da Agência Central de Inteligência (CIA), deixando-o fora do ar por mais de duas horas.
Motivação
)
Aparentemente, o LulzSec hackeia pela diversão. Além disso, boa parte das ações é motivada por razões ideológicas. O ataque à PBS, por exemplo, foi uma retaliação ao documentário WikiSecrets, que tratou o Wikileaks de maneira “injusta”, de acordo com integrantes do grupo.
Já ao ataque à Sony parece ter sido uma resposta ao processo que a empresa pretendia mover contra o hacker GeoHot, responsável pelo desbloqueio do Playstation 3. Os atos mais recentes, contra páginas e órgãos governamentais, foram caracterizados como sendo um protesto contra a censura e o monitoramento da internet.
O fim do grupo?
)
No dia 26 de junho de 2011, o LulzSec publicou uma espécie de carta de despedida. Dizendo que, após esses 50 dias de operação, o grupo estava finalizando suas operações. Junto com o texto foram publicadas mais de 750 mil contas extraídas de fóruns de video game e de jogadores de Battlefield Heroes.
Não se sabe se o grupo vai cumprir a promessa. Além disso, um braço brasileiro do LulzSec foi criado, derrubando e invadindo sites do governo, além de divulgar informações confidenciais da presidenta Dilma Roussef.
Anonymous
Considerado pela CNN como um dos três principais possíveis sucessores ao Wikileaks, o Anonymous começou mais como um meme do 4chan do que como um grupo em si. A ideia é que o termo possa ser usado para assinar ações anônimas e descentralizadas, porém, conduzidas de maneira coordenada.
Assim, qualquer ação declarada como feita pelo “Anonymous” foi realizada por alguém que se autointitulou como tal, ou seja, não é necessária a aprovação ou filiação ao grupo. Também não existem líderes ou coordenadores do grupo. Todos agem individualmente, mas de maneira com que os resultados obtidos possam beneficiar o grupo.
Ações famosas
Um dos alvos mais famosos do Anonymous é a Habbo, uma rede social que se assemelha a um hotel virtual, em que costumam promover algumas manifestações. Após tomarem conhecimento de que um garoto soropositivo de dois anos foi proibido de usar a piscina de um parque no Alabama, o grupo organizou um bloqueio geral à piscina virtual do Habbo, protegendo a entrada com personagens vestidos todos da mesma forma: terno cinza e visual afro. Depois de serem banidos, acusaram a rede social de fascismo.
Os integrantes anônimos também causaram um prejuízo a um radialista que prega o racismo nos EUA. Ao derrubarem o site de Hal Turner, o mesmo teve que pagar milhares de dólares por excesso de consumo de banda. Além disso, o Anonymous também foi o responsável pela prisão de Chris Forcand, um pedófilo de 53 anos que aliciava menores pela internet.
)
Fonte da imagem: Wikimedia Commons
O grupo assumiu inúmeras ações cometidas ao longo dos últimos anos, enviando pornografia ao YouTube, prestando apoio aos protestos iranianos de 2009 e atacando sites governamentais dos regimes alvos da Primavera Árabe.
Recentemente, os anônimos tiraram do ar o site da polícia espanhola, em retaliação à prisão de três indivíduos suspeitos de agir em nome do grupo, e da Câmara de Comércio da Flórida, pela prisão de membros do Food Not Bombs, organização voluntária que distribui alimentos aos desabrigados de Orlando.
A motivação é muito semelhante à do LulzSec, alternando entre pura diversão e razões ideológicas.
TeaMp0isoN (Team Poison)
Captura do site hackeado pelo TeaMp0isoN (Fonte da imagem: Reprodução)
O grupo ganhou destaque ao vandalizar o site do LulzSec, grupo o qual eles acusam de não representar o verdadeiro espírito da arte de hackear, acusando-os de usarem bots e ferramentas pré-fabricadas. Além disso, o TeaMp0isoN também foi o responsável pelo vazamento de dados pessoais do primeiro ministro britânico, Tony Blair.
The Jester (th3j35t3r)
)
Esta é a exceção de nossa lista, já que o Jester não é um grupo, mas uma única pessoa. O hacktivista, que online também usa a identidade “th3j35t3r”, se descreve como um gray hat, termo usado para descrever aqueles que cometem ações ilegais, mas com boas intenções.
Ele é conhecido por ter supostamente sido o responsável pelos ataques aos sites WikiLeaks e 4chan, além de inúmeras páginas islâmicas e até mesmo o presidente iraniano Ahmadinejad, sempre em nome do patriotismo americano.
Jester também é conhecido por ter criado uma ferramenta de DDoS conhecida como “XerXes”. Em junho de 2011o o hacker começou a buscar a identidade secreta dos integrantes do grupo Lulzsec, os quais ele considera “crianções”.
A-Team
)
Pouco tempo antes do LulzSec anunciar o fim de suas atividades, o grupo conhecido como A-Team liberou uma lista com nomes, endereços e outras informações de pessoas que eles alegam ser os integrantes do LulzSec. Muitos acusam essa revelação como uma das causas para o término repentino do famoso grupo.
De acordo com a mensagem anunciada pelo A-Team, o LulzSec não é digno de tanta atenção, já que, depois de ter invadido a Playstation Network, eles não fizeram mais nada de significativo. Eles também acusam o grupo de estar recrutando novas pessoas por terem pouco conhecimento técnico, o que os impede de continuar na ativa.
)
)
)
)
)
)