Samsung sabe o que fez o Galaxy Note 7 explodir... Mas ainda não vai contar

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Imagem: WCCFTech

Parece que quanto mais a Samsung tenta apagar as chamas a respeito de seus Galaxy Note 7 explosivos, mais ela acaba colocando lenha na fogueira. A mais nova confusão nesse tema diz respeito à promessa da sul-coreana em investigar a fundo o caso para descobrir o que levou os phablets a sobreaquecerem e se tornarem completamente instáveis. Tudo indica que a empresa finalmente desvendou o mistério e já sabe o que ocorreu de errado com o gadget. O problema? Eles ainda não querem compartilhar essa reposta com você.

Toda essa história envolvendo os dispositivos da marca com o potencial de explodir vem sendo discutida desde o final de agosto, quando os primeiros relatos de acidentes desse tipo foram parar na internet. Desde então, a Samsung já suspendeu as vendas do produto, fez recalls menores, pediu que os consumidores parassem de usar o equipamento, limitou a recarga da bateria através de uma atualização do sistema e, por fim, jogou a toalha e desistiu por completo de comercializar o Note 7 – resultando em um recall ainda mais massivo.

Bonitos por fora, explosivos por dentro

Paralelamente, a companhia pediu perdão pelo vacilo e engatou uma investigação aprofundada do caso junto às autoridades competentes, tanto para garantir que isso nunca mais aconteça quanto para dar satisfação a milhões de usuários e clientes em potencial – tentando reverter um pouco do prejuízo gigantesco à imagem da empresa. Até então, os principais suspeitos do comportamento instável do celular eram seu design agressivo – com pouco espaço para a dilatação de seus componentes internos – e sua bateria.

As chances são que os consumidores e a imprensa não tenham acesso a esses dados tão cedo

Com isso, a expectativa era que o público recebesse alguma satisfação sobre o caso até o final deste ano. Porém, segundo informações obtidas pelo The Investor – um portal de notícias sul-coreano –, esse cronograma pode mudar. Isso porque rumores indicam que a Samsung já concluiu a empreitada e enviou os resultados para instituições e laboratórios locais, como o Korea Testing Laboratory. Com somente duas semanas pela frente até que 2016 acabe, as chances são que os consumidores e a imprensa não tenham acesso a esses dados tão cedo.

Equilíbrio delicado

Por enquanto, só se sabe que a fabricante sul-coreana conhece a origem do problema, mas não o motivo que a levou a manter isso longe do público. É possível especular que a empresa não queira trazer o assunto à tona tão perto de sua participação em dois dos grandes eventos de tecnologia de 2017: a Consumer Electronics Show, que ocorre entre os dias 5 e 8 de janeiro, e o Mobile World Congress, que vai de 27 de fevereiro a 2 de março. Tudo faz ainda mais sentido se considerarmos que o Galaxy S8 deve ser revelado em uma das duas feiras.

O lançamento do Galaxy S8 pode colocar a marca de volta nos trilhos

O sucessor do Galaxy S7 já é tido como o lançamento que pode colocar a marca de volta nos trilhos, trazendo tecnologia de ponta, uma série de novos recursos e, claro, uma estabilidade acima de qualquer suspeita. Além disso, parece que, recentemente, Koh Dong-jin, o chefão da divisão mobile da empresa, deu uma “bronca” em seus funcionários para garantir que a passagem de bastão seja a mais suave possível, para manter toda a conversa a respeito do Note 7 dentro de casa e para evitar que dados sigilosos cheguem ao mercado antes do tempo.

O chefe deu bronca, mas talvez isso não tenha sido o bastante

De acordo com fontes do The Interceptor, o executivo disse em comunicado interno não estar satisfeito com os constantes vazamentos de informações dos produtos da marca. No email, Don-jin pede para que os empregados evitem esse tipo de situação, já que, no passado, a Samsung teria sofrido com o vazamento de projetos, produtos e até protótipos inteiros para concorrentes chineses – acabando com boa parte de sua vantagem estratégica no setor.

Com o tanto de rumores a respeito do Galaxy S8 que tivemos nos últimos tempos, tudo indica que os trabalhadores não levaram a sério a conversa do chefe. Assim, sobe ainda mais a pressão para cima da Samsung, que precisa trabalhar com a expectativa dos consumidores para seu futuro top de linha, administrar com sabedoria a conclusão da investigação do caso Note 7 e planejar a reconstrução da imagem da companhia. Para ficar de olho nisso e em muito mais, não se esqueça de acompanhar a cobertura da CES 2017 e da MWC 2017 pelo TecMundo.

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