Bill Gates não esperava se transformar em fake news na web

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Imagem: Bill Gates/Twitter

Pivô de várias teorias da conspiração sobre a covid-19, Bill Gates foi ao Twitter na terça-feira ser entrevistado pela dra. Devi Sridhar, presidente de saúde pública global da Escola de Medicina da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e diretora do Programa de Governança da Saúde Global. O bilionário admitiu que iria "conversar — e aprender com — especialistas em muitas áreas diferentes" e que seus interesses eram a ômicron e uma "próxima pandemia".

Depois de prever, há dois anos, que a pandemia da covid-19 terminaria no segundo semestre de 2021, Gates finalmente percebeu sua ignorância em doenças infecciosas. Sua avaliação prematura subestimou a velocidade com a qual o coronavírus desenvolveu várias mutações, gerando variantes, como a atual ômicron, cuja transmissibilidade tem sido um fator de preocupação para autoridades do mundo inteiro.

Sidhar foi direto ao ponto, ao perguntar como lidar com “a desinformação online no Facebook e outras plataformas sobre vacinas, máscaras e outras intervenções". Gates respondeu que as organizações de saúde, como os Centros de Controle de Doenças (CDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) precisariam de mais espaço para identificar e comunicar sobre a pandemia, ao passo que as mídias sociais "atrasaram" as informações factuais no início.

O preferido das campanhas antivacinas

Depois que o fundador da Microsoft previu, em uma conferência TED Talks em 2015, que o mundo enfrentaria um vírus que impediria as pessoas infectadas de "entrar em um avião ou ir ao mercado", ele se tornou, já no início da pandemia da covid-19, o principal alvo das teorias da conspiração. Ao apoiar a vacinação em massa, Gates foi acusado pelo movimento "anti-vax" de querer implantar microchips de rastreamento nas pessoas.

Mas ele não esperava esse nível insanidade. "Pessoas como você, eu e [o imunologista] Tony Fauci fomos alvo de muita desinformação. Eu não esperava isso", tuitou Gates. "Algo como eu colocando chips nos braços [dos vacinados] não faz nenhum sentido para mim – por que eu iria querer fazer isso?", concluiu na publicação.

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