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Instagram é acusado de coletar dados biométricos ilegalmente

O app de fotos teria armazenado informações de mais de 100 milhões de pessoas sem o consentimento delas e lucrado com isso

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

12/08/2020, às 11:47

Instagram é acusado de coletar dados biométricos ilegalmente

Fonte:  Unsplash 

Imagem de Instagram é acusado de coletar dados biométricos ilegalmente no tecmundo

O tribunal estadual de Redwood City, na Califórnia (Estados Unidos), abriu anteontem (10) um novo processo contra o Facebook. Desta vez, a empresa está sendo acusada de coletar dados biométricos ilegalmente dos usuários do Instagram com o objetivo de obter lucro.

Na ação, a empresa de Mark Zuckerberg é denunciada por armazenar dados de mais de 100 milhões de pessoas que utilizam o app de fotos, sem o consentimento ou conhecimento delas, e lucrar com isso ao supostamente vender as informações. Ela estaria violando uma lei de privacidade do estado de Illinois que proíbe tal atitude.

Conforme a legislação, uma empresa que pratica esse tipo de violação está sujeita a ser multada em US$ 1 mil a cada vez que desrespeita a regra, mas o valor pode aumentar para US$ 5 mil caso fique comprovada a ação imprudente ou intencional da organização.

A plataforma pode ser obrigada a pagar multa de US$ 1 mil a cada usuário que teve os dados violados, neste caso.A plataforma pode ser obrigada a pagar multa de US$ 1 mil a cada usuário que teve os dados violados.

A ação judicial afirma que o Facebook só informou aos usuários do Instagram sobre a coleta de dados biométricos no começo deste ano, algum tempo depois de ter iniciado a prática. Até o momento, a rede social não se pronunciou a respeito do caso.

Mesma acusação, outro processo

No mês passado, a companhia já havia sido acionada na justiça norte-americana por um problema parecido. A acusação foi sobre a coleta ilegal de dados biométricos no próprio Facebook por meio de uma ferramenta de marcação de fotos.

Para resolver o processo por violação de privacidade aberto em Illinois, a companhia ofereceu o pagamento de US$ 650 milhões. Caso o acordo seja aceito pela justiça, o valor será dividido entre todos os usuários residentes no estado que têm fotos postadas na plataforma a partir de 2011 — cada pessoa pode receber até US$ 400.


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Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.