Acionistas do Facebook deveriam dizer não para Zuckerberg; defende ativista

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Imagem: Matt McClain / The Washington Post

Rashad Robinson, diretor executivo da Color of Change, organização para justiça racial, e líder ativista norte-americano para os direitos civis, publicou hoje (30) um artigo no site FastCompany pedindo para que os investidores do Facebook votem não para a reeleição de Mark Zuckerberg para a presidência da empresa dona da rede social mais usada do mundo.

Hoje é realizada a reunião anual de investidores e acionistas do Facebook que decidirão o rumo da empresa. O voto pela não reeleição de Zuckerberg por parte da maioria dos acionistas não pode, efetivamente, expulsar o atual diretor do Facebook. Mas, de acordo com Robinson, pode sim fazer uma pressão para a intervenção dos reguladores.

Zuckerberg, além de fundador, é CEO e presidente do Facebook. Hoje, ele detém cerca de 60% dos votos em qualquer assunto por conta da estrutura do Facebook.

Problemas com privacidade

Um dos argumentos utilizados por Robinson é de que o CEO não consegue estabelecer uma governança saudável para a empresa. Só no último ano, diferentes escândalos envolvendo o uso indevido de dados pelo Facebook ocasionaram a saída de parte de seu corpo diretor.

Depois disso, parte do público da rede social perdeu a confiança na empresa. Robinson trouxe dados de uma pesquisa de dezembro que mostrou que apenas um em cada cinco entrevistados disseram confiar no Facebook no qeu diz respeito a segurança de dados, a mais baixa avaliação das cinco principais empresas de tecnologia.

Direitos Civis

Robinson diz também que a equipe liderada por Zuckerberg não atua para evitar práticas perigosas e racistas. O líder dá como exemplo a permissão da publicação de vagas apenas em grupos que pessoas brancas têm acesso.

Outro questionamento levantado por Robinson diz respeito a influência da rede social nas últimas eleições dos Estados Unidos e na disseminação de notícias falsas  que incentivam o ódio a minorias.

Robinson finaliza dizendo: “Os acionistas têm um poder único - e, portanto, uma responsabilidade única - de levar o Facebook a ser o melhor possível”

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