Acionista diz que Mark Zuckerberg toca o Facebook como uma ditadura

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As coisas não estão fáceis para Mark Zuckerberg. Depois de encarar o escândalo da Cambridge Analytica e ter que agir rápido para as ações não despencarem de vez, o CEO do Facebook vem enfrentando resistência interna na mesa diretora. Alguns acionistas vêm pedindo uma revisão sobre o gerenciamento da companhia e chegaram a chamar a atual estrutura de “ditadura”.

Executivos estão descontentes com Zuckerberg acumulando as funções de CEO e chairman na rede social

Segundo o Financial Times, um dos responsáveis pela carteira do Sistema de Aposentadoria dos Professores do Estado da Califórnia (CalSTRS) disse que “é hora de acabar” com a dupla participação de Zuckerberg no comando da empresa — além de presidente do conselho diretor, ele acumula o cargo de CEO da empresa, com papeis que lhe dão 60% de decisão nas votações.

Aeisha Mastagni, executiva da CalSTRS, acusa Zuckerberg de ter poder suficiente para "repelir ativistas, isolar o grupo de problemas e ignorar propostas". De acordo com a CNBC, a moça tem uma argumento razoável, pois o grupo tem US$ 640,4 milhões em cotas da rede social. “Por que Zuckerberg precisa de uma estrutura de duas classes? É porque ele não quer que a governança evolua com o resto de sua empresa? Se assim for, esse sonho americano é agora semelhante a uma ditadura”, disse.

Além de Aeisha, outro membro da CalSTRS, Christopher Ailman, rebelou-se contra Zuckerberg durante o caso Cambridge Analytica. E eles se juntam a Michael Frerichs e Scott Stringer, que também querem ver o CEO longe da função de chairman. De acordo com os descontentes com a atual máquina, as repercussões das atitudes de Zuckerberg — incluindo seu comportamento nas recentes crises — têm um impacto muito grande no valor de mercado do Facebook.

Já o rapaz não parece largar o osso tão cedo. “Uma das coisas que tenho sorte de ter é a estrutura de uma empresa controlada. Não atendemos aos caprichos dos acionistas a curto prazo. Podemos projetar os produtos e decisões que atendem melhor ao interesse da comunidade ao longo do tempo."

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