Califórnia tramita lei que obriga Facebook e Twitter a agirem contra bots

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Legisladores norte-americanos propuseram uma lei que obriga redes sociais como o Facebook e o Twitter a agirem com mais transparência em casos relacionados a bots e fake news. Eles estão convencidos de que as empresas não têm colaborado o suficiente para proteger cidadãos e consumidores e querem garantir que a responsabilidade das redes vá além da mera desativação de perfis, obrigando-as a identificar e tornar pública a informação sobre contas automatizadas.

Se aprovada, a lei, que vigoraria apenas no estado da Califórnia, tornará ilegal o uso de bots que interajam ou tentem influenciar cidadãos californianos sem os avisar de que são perfis automáticos. E mais: assim que alertadas, as empresas de tecnologia terão apenas 72 horas para dar uma solução concreta a cada caso. Além disso, Facebook, Twitter e sites similares seriam obrigados a prestar esclarecimentos por meio de um relatório entregue a cada 2 meses ao governo local, detalhando não só as contas identificadas como irregulares, mas também as providências tomadas em cada situação.

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De acordo com a Bloomberg, a análise da proposta deve avançar rapidamente em diferentes instâncias do governo californiano já no mês de abril. A iniciativa acontece logo na sequência de um projeto do deputado estadual Marc Levine, também da Califórnia, que em janeiro propôs a obrigatoriedade de conexão entre bots e contas humanas, ou seja, a ideia de que houvesse sempre uma pessoa física cadastrada como responsável pelo gerenciamento de uma conta automatizada.

A discussão sobre o uso de bots ganhou fôlego nos Estados Unidos depois da descoberta de que as redes sociais têm sido usadas massiva e estrategicamente para tentar direcionar debates importantes da sociedade norte-americana, como a última eleição presidencial, e tragédias nacionais, como o caso do atirador que matou 17 pessoas na cidade de Parkland, na Flórida, em fevereiro deste ano. Na ocasião, bots tentaram influenciar o debate sobre porte de armas no país.

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