Homem processa o Tinder por ser mais caro para pessoas com mais de 30
O aplicativo tentou se defender das acusações, mas acabou enquadrado em duas leis californianas

31/01/2018, às 15:06
Um homem norte-americano está processando o Tinder com a acusação de discriminação de idade e a briga pode ficar mais demorada do que parecia que seria. Acontece que nos Estados Unidos, a mensalidade de uma conta premium do aplicativo tem valores diferentes para pessoas com menos ou mais de 30 anos de idade: US$ 9,99, ou R$ 31,75, para os mais jovens, e US$ 19,99, ou R$ 63,53, para os mais velhos.
Um tribunal de apelação reverteu a decisão afirmando que pessoas com mais de 30 anos possuem mais responsabilidades e têm mais gastos
Tendo como base duas leis californianas, Allan Candelore levou o aplicativo de encontros para os tribunais e acabou perdendo em primeira instância, pois a defesa do Tinder foi ouvida: um dos fundadores da plataforma, Sean Rad, afirmou que a diferença de preço é para dar um desconto para os mais jovens, que provavelmente ganham menos que os mais velhos.
Porém, um tribunal de apelação reverteu a decisão afirmando que pessoas com mais de 30 anos possuem mais responsabilidades e têm mais gastos, portanto, não poderiam se dar ao luxo de gastar mais com o Tinder. Isso violaria o Unruh Civil Act (uma espécie de lei que criminaliza discriminação de gênero, raça, cor, religião, idade etc.) e a Unfair Competition Law, a lei de concorrência desleal. O Tinder ainda não se pronunciou sobre o caso.
Editor de Ciências do TecMundo e do Mega Curioso. Há mais de 10 anos na NZN, Fari é historiador, apaixonado por ciências e tecnologia, e colecionador de obras de J.R.R. Tolkien.