Rússia e China fazem acordo e prometem não hackear um ao outro

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Aliados políticos e econômicos há décadas, Rússia e China ampliaram a amizade nesta sexta-feira (8) ao assinar um acordo curioso: os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping prometeram que não lançarão ciberataques oficiais entre si.

A aliança faz parte de um plano que, segundo especialistas, pode ser a base de fortes laços de segurança digital no futuro. Além do anúncio de paz, o aperto de mãos significa que ambos os países trocarão informações entre as próprias agências de inteligência e legislação.

De acordo com o The Wall Street Journal, a ideia do acordo é combater tecnologias que possam "desestabilizar a política interna e a atmosfera socioeconômica, perturbar a ordem pública ou intererir em assuntos internos do Estado".

Vem guerra (virtual) por aí?

Os Estados Unidos provavelmente não curtiram muito a ideia: o país vê a Rússia como uma ameaça em espionagem digital ainda maior que a China, que não fica muito atrás na desconfiança gerada. Recentemente, hackers europeus teriam acessado dados do sistema interno do Pentágono, enquanto a "Guerra Fria virtual" entre China e EUA já dura alguns anos de tensão e acusações dos dois lados.

O acordo vai muito além da internet: China e Rússia são aliados em potencial para qualquer assunto de política internacional — e ambos não são, digamos, grandes fãs da liberdade de expressão em seus respectivos países.

A anexação de um território da Ucrânia pelo país europeu ainda deve levar a muitos conflitos na região e tecnologias militares podem estar inclusas nessa "troca de favores", o que leva alguns cientistas políticos a acreditarem que a China leva o acordo como uma vantagem, enquanto a Rússia fez o aperto de mãos mais por necessidade.

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