RioCard Duo 2016: novo cartão da Visa une funções de transporte e pré-pago

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Depois de criar um anel de pagamentos feito sob medida para os atletas participantes dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e de anunciar, com o Bradesco, uma pulseira que permite quitar suas contas de modo contactless, a Visa embarca em outro projeto nos mesmos moldes. Na quarta-feira (28), em um evento realizado no Museu de Arte do Rio (MAR), a empresa revelou seu mais novo lançamento, que une tecnologia, facilidade de compra e mobilidade urbana: o RioCard Duo 2016.

Feito em parceria com a Brasil Pré-Pagos (BPP) e a RioCard – responsável pelo sistema de pagamentos eletrônicos de passagens no estado do Rio de Janeiro –, o cartão junta a função de transporte ao recurso de dispositivo pré-pago. Para explicar mais sobre o produto – que já está disponível na capital carioca –, o encontro contou com Percival Jatoba, vice-presidente de produtos da Visa Brasil, Cassiano Rusycki, diretor-executivo da RioCard, e Paulo Renato Della Volpe, presidente da Brasil Pré-Pagos.

Cassiano deu o pontapé inicial no anúncio do RioCard Duo 2016

Cassiano foi quem abriu a conversa, explicando – em números – por que esse tipo de empreitada só podia se iniciar no Rio. Segundo o executivo, 60% dos cariocas utilizam o cartão convencional de transporte emitido pela companhia, totalizando 3,5 milhões de usuários e cerca de 7 milhões de transações por dia. Além disso, a região oferece um tipo de integração única entre as modalidades de locomoção, abrangendo desde ônibus, vans, metrô e trens a balsas, VLTs e BRTs.

“Faz todo sentido essa parceria com a Visa e BPP, porque temos o único cartão realmente multimodal do país”, analisou o diretor. De acordo com Cassiano, a empresa tem um histórico de busca constante por experiência e atendimento cada vez melhores aos clientes, além de investir bastante em inovação. Assim, era apenas questão de tempo até que a grande base de usuários, a ampla malha de transporte urbano do estado e a expertise da RioCard na região dessem origem a um projeto como esse.

Química perfeita

Paulo aproveitou para reforçar os pontos levantados pelo colega – principalmente a respeito de o Rio ser um exemplo na interligação dos modais – e também comentou o que motivou a BPP, especializada na emissão de cartões pré-pagos, a participar da iniciativa. “É a oportunidade de fazer algo muito bom para o usuário ao unir duas utilidades essenciais em um só plástico”, explicou o executivo, complementando ainda que “se é bom para o cliente, é bom para a gente”.

Além disso, a BPP pôde trazer o seu próprio know-how para o projeto, ajudando a efetivamente adicionar a funcionalidade de pagamentos ao cartão – “algo que parece simples, mas é um sistema complexo entregue de forma prática” – e sugerindo a divulgação do produto em casas de câmbio. Afinal, como o grande teste do serviço será ao longo do período olímpico, o plano é que os estrangeiros chegando à Cidade Maravilhosa possam, ao irem trocar dinheiro pela moeda local, ser informados a respeito de um item que pode facilitar muito a vida por lá.

Percival, da Visa, explanou um pouco mais sobre o produto e a relação com as Olimpíadas. “Queremos mostrar que o Brasil também está preparado tecnologicamente para receber os visitantes da melhor forma possível”, disse. Ele também comentou como o evento esportivo é a possibilidade de testar esse e outros produtos recém-lançados que trazem a bandeira, permitindo que a companhia colha informações preciosas a respeito dos hábitos do consumidor e das mudanças que cada um deles deve sofrer para iterações futuras.

Apesar disso, o VP garante que os projetos e investimentos da empresa em tecnologia e novidades não devem parar com o fim dos Jogos Olímpicos. Ele afirma, por exemplo, que um dos pilares da Visa para seu próximo ano fiscal é entrar de vez nesse segmento de mobilidade urbana – então, provavelmente, teremos mais notícias sobre isso no futuro. O executivo também analisou que, embora o RioCard Duo 2016 esteja sendo oferecido inicialmente em caráter promocional, é quase certo que a experiência será renovada e até expandida.

A tendência é que o serviço cresça

Por enquanto, o cartão está sendo vendido em cerca de 60 pontos físicos – entre lojas credenciadas, hotéis e casas de câmbio – e através de um portal dedicado ao produto pelo custo-base de R$ 24,90. Mesmo funcionando em todo o estado para finalidade de transporte e no mundo todo na função pré-pago – em estabelecimentos que aceitem a bandeira Visa –, a venda do produto fica restrita à cidade do Rio de Janeiro. O item será comercializado em edição limitada até o dia 18 de setembro, devendo retornar às lojas posteriormente.

As recargas relativas a transporte podem ser feitas pelas plataformas oficiais da RioCard – incluindo o sistema Recarga Fácil – enquanto o site do cartão e os aplicativos da BPP para celulares possibilitam a inserção de créditos para gastos comuns. Vale notar que ambos precisam ser creditados separadamente e mantêm seus próprios valores, já que, por conta do funcionamento da tarifação no transporte público, não é possível que o modo pré-pago sirva para pagar por uma passagem diretamente nas catracas e roletas.

Site oferece todos os recursos para aquisição e recarga do cartão

Quem não dispensa um controle maior sobre os gastos e a chance de gerenciar de modo ainda mais minucioso suas contas não precisa ficar preocupado: futuramente, um app feito sob medida para o RioCard Duo deve possibilitar recursos como consulta a histórico de compras, por exemplo. Além disso, em entrevista ao TecMundo, Cassiano comentou que já é esperada a adição de ainda mais serviços ao pacote, como funções em que o cartão serviria como entrada para jogos de futebol na região ou destino de pagamento de salários.

O trio também planeja expandir o projeto para outras áreas do país, oferecendo a prefeituras e governos a experiência e a estrutura adquiridas com a empreitada no Rio de Janeiro. Vale lembrar que, em São Paulo, o cartão BOM+ faz um papel semelhante, mas em uma escala muito menor do que a do serviço lançado no Rio – cobrindo apenas alguns modais e ficando restrito à Região Metropolitana da capital.

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