Mobilidade elétrica pode impulsionar diversificação da matriz energética

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O desejo de ter um carro elétrico vem aumentando e as montadoras estão atentas a essa demanda. A indústria está desenvolvendo novos modelos movidos a energia elétrica, com baterias mais eficientes e buscando preços cada vez mais competitivos.

Um estudo da AlixPartners, uma consultoria norte-americana, mostrou que até 2028, 33% dos veículos comercializados serão carros elétricos. O levantamento ainda projeta um salto maior até 2035, com 54% do mercado de modelos eletrificados. Isso significa que, em poucos anos, mais da metade das vendas mundiais serão de elétricos, aumentando a demanda por energia elétrica.

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Para que todos consigam recarregar seus veículos, além da infraestrutura de pontos de recargas, será necessário ampliar a matriz energética e o Brasil pode sair na frente. 

De acordo com a Aneel, mais da metade da energia elétrica produzida em nosso país tem origem hídrica (59,13%). Cerca de 12,08% são geradas por parques eólicos, e 3,3% por energia solar através de painéis fotovoltaicos.

Carro ElétricoO desejo de ter um carro elétrico vem aumentando e as montadoras estão atentas a essa demanda

Sabemos que o aumento do número de veículos elétricos nas ruas significa também crescimento da demanda por energia e, em uma última análise, pode até encarecer o seu custo. Mas o Brasil tem potencialidade hídrica, eólica e solar diferenciada, o que coloca o país em uma posição privilegiada no cenário mundial.

Por isso, devemos diversificar nossa matriz energética, ampliando os parques eólicos, criando incentivos para implantação de painéis solares, por meio de benefícios fiscais, por exemplo. 

De 2021 para 2022, a rede energética no Brasil cresceu 2%. Até 2026 o aumento deve ser de 12,4%, segundo a Safira Energia. Mantendo essa projeção, a energia disponível pode não ser suficiente. Se até 2030 os VE’s corresponderem a 10% da frota no país, esses veículos vão demandar 9,4 GWs de energia. 

Entretanto, também existem alternativas no horizonte. Em solo brasileiro, por exemplo, temos projetos inovadores que reutilizam baterias de carros elétricos para armazenar energia solar, que irá disponibilizar energia limpa por 24h.

Por outro lado, recarregar os veículos elétricos em Shoppings Centers pode ser um bom negócio, uma vez que centros comerciais e indústrias costumam obter energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL), que oferecem tarifas de energia até 30% menores se comparada com os fornecedores de contratação regulada.   

Parte da nossa “independência” energética pode vir do sol e dos ventos. Segundo a Agência internacional de Energia (IEA), o Brasil está entre os 20 países com maior capacidade instalada de energia solar do planeta. Obtida a partir da força do vento, a energia eólica é uma fonte renovável e de baixo impacto ambiental.

Carro elétricoO Brasil registrou o primeiro recorde de geração eólica instantânea de 2022

Em julho deste ano, início da temporada de ventos, o Brasil registrou o primeiro recorde de geração eólica instantânea de 2022, ao produzir 14.167MW de energia, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). Ao mesclar os potenciais hídricos, solares e dos ventos, temos um mix de energético privilegiado e com grande potencial de expansão. 

E como fica a indústria automobilística nesse cenário? Os investimentos em baterias mais eficientes, ou seja, com maior autonomia e menor tempo de recarga, são os objetivos principais.

O Chevrolet Blazer EV, que será lançado em 2023, já dispõe de um conjunto de motor e bateria de última geração. Chamado de Ultium, a bateria vai permitir adicionar 130 km de autonomia a cada 10 minutos num ponto de recarga ultrarrápido. Dessa forma, o futuro da Blazer EV é rodar até 530 km com uma carga completa.

Com a tecnologia embarcada nos modelos elétricos, que tornam os veículos mais eficientes, aliado a diversificação da matriz energética, teremos um futuro energizado.

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