Cofundador da Tesla ajuda a reciclar baterias de bikes elétricas

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Com o objetivo de estender o tempo de vida útil de baterias de bicicletas elétricas por meio de reciclagem em vez de simplesmente descartá-las em aterros sanitários, a Specialized, terceira maior fabricante desse tipo de veículo dos Estados Unidos, anunciou, na última semana, uma parceria com a Redwood Materials, que já trabalha com outras gigantes da indústria, a exemplo de Nissan e Amazon, e é liderada  por Jeffrey Brian Straubel, cofundador da Tesla.

Tais componentes geralmente se esgotam em períodos de quatro ou seis anos, explica Chris Yu, diretor de produtos da companhia, ao The Verge, enquanto as unidades que os carregam são construídas para a vida toda. Sendo assim, visando à contenção da geração contínua de lixo tóxico, a fabricante procurou a especialista no reaproveitamento de tais acessórios.

Em suma, após recolher baterias esgotadas por meio de sua rede de parceiros de varejo, a Specialized as enviará para a Redwood, que, primeiramente, analisará o que pode ser reutilizado. Conectores, fios, plásticos e mais são algumas das possibilidades. Depois disso, a Redwood retirará e refinará elementos relevantes, como níquel, cobalto e cobre. Eles, por sua vez, serão reintegrados a novos acessórios.

Specialized se une à Redwood Materials para reciclar baterias de bicicletas elétricas.Specialized se une à Redwood Materials para reciclar baterias de bicicletas elétricas.Fonte:  Reprodução 

Consumidores terão um papel fundamental no sucesso da iniciativa, complementa Yu. Por isso, serão informados sobre as ações mais adequadas por revendedores especializados ou por meio de notificações enviadas pelo aplicativo da empresa, que incluirão a data de validade prevista dos dispositivos e informações sobre como encaminhá-los aos locais certos.

Preocupação ambiental

Espera-se que 130 milhões de bicicletas elétricas sejam vendidas globalmente entre 2020 e 2023, aponta um levantamento da Deloitte, e o sucesso gerará um verdadeiro "tsunami" de baterias esgotadas. A tendência, aliada a outros movimentos da indústria de automóveis, desperta preocupações relacionadas a desastres ecológicos.

Nesse sentido, Chris Yu defende que a ação da Specialized demonstra o comprometimento da empresa com a minimização de "quaisquer fluxos de resíduos separados", facilitando, assim, o gerenciamento dos componentes.

"Estamos trabalhando [no projeto de reciclagem] há algum tempo. Foi uma maneira de assumirmos o protagonismo. As pessoas que compram um carro elétrico ou, ainda mais, uma bicicleta elétrica realmente se preocupam com [o destino dos produtos]. E nós nos preocupamos profundamente com isso também", declara Mike Sinyard, CEO da companhia.

"Tsunami" de componentes pode gerar prejuízos ao meio ambiente."Tsunami" de componentes pode gerar prejuízos ao meio ambiente.Fonte:  Reprodução 

Os esforços têm dado resultados. De acordo com a Specialized, 100% das baterias coletadas estão sendo processadas na Redwood em linhas de atuação estritamente domésticas e transparentes.

"[Os acessórios] são altamente recicláveis com o processo e o método corretos para se fazer isso”, destaca o executivo. "Para mim, esta é uma história de otimismo", finaliza, se referindo ao desejo crescente da população de aderir a veículos menos poluentes.

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