Entenda o final de O Diabo No Tribunal, a nova sensação da Netflix
Disponibilizado pela Netflix na última terça-feira (17), o documentário O Diabo No Tribunal (The Devil On Trial, no original) vem deixando os espectadores totalmente impactados, sobretudo por conta das questões apresentadas nos depoimentos dos entrevistados e na reconstrução ficcional do caso no longa-metragem.
A narrativa aborda um caso de homicídio ocorrido nos anos 1980, que teria sido praticado por um adolescente. No entanto, ao levar o caso aos tribunais, a defesa alegou que o garoto havia sido possuído pelo demônio no momento do crime.
Com essa complexidade, o julgamento tomou um novo rumo. Se você continua intrigado com a produção, confira mais sobre o desfecho do filme logo abaixo. Cuidado com os spoilers e aproveite!
O Diabo No Tribunal: qual o desfecho do documentário da Netflix?
O filme se inicia mostrando alguns eventos ocorridos em 1980, quando David Glatzel, de apenas 11 anos, passou a apresentar comportamentos estranhos. Isso levou sua família a chamar Ed e Lorraine Warren, famoso casal de demonologistas, tendo em vista que acreditavam na tese de David estar possuído pelo demônio.
Ao final das intensas sessões de exorcismo, David “voltou ao normal”. Porém, a partir disso, quem passou a apresentar comportamentos estranhos foi Arne Cheyenne Johnson, o namorado da irmã mais velha do garoto, que havia acompanhado todo o caso de perto.
Algum tempo depois, Arne assassinou Alan Bono, seu empregador, e, em sua defesa, alegou ao tribunal também estar possuído pelo demônio no momento do crime. Curiosamente, em sua entrevista exibida no documentário, Arne afirmou que não se recorda de ter esfaqueado Alan e muito menos de ter tido algum controle posterior sobre si mesmo.
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Conforme o longa-metragem avança, os espectadores ouvem relatos do próprio David e de alguns de seus familiares sobre o que teria acontecido naquela época, mostrando como sua mãe, Judy Glatzel, era extremamente religiosa e queria proteger tanto David quanto Arne.
A família Glatzel foi fundamental para a defesa de Arne. De imediato, todos acreditaram que ele pudesse, realmente, ter sido possuído pelo demônio.
Inclusive, em alguns materiais de arquivo, há relatos que testemunharam Arne desafiando o diabo durante as sessões de exorcismo. Ao que tudo indica, o namorado da irmã de David teria segurado o corpo do garoto e pedido para que a possessão fosse transferida de corpo.
No entanto, aos poucos, algumas questões vão sendo postas em dúvida no documentário. Para começar, o casal Warren não poderia praticar exorcismo, pois não pertenciam a entidades religiosas. Membros da igreja local não quiseram dar entrevistas sobre o assunto, levantando muitas suspeitas.
Caso chocante é abordado em novo documentário da Netflix. (Netflix/Reprodução)Fonte: Netflix
Além disso, os próprios filhos de Judy Glatzel argumentaram em seus depoimentos que a mãe era uma figura questionável e dava remédios fortes disfarçados de comida para seus filhos e para o marido com frequência. Eles também relatam que os Warren não passavam de uma farsa e que eram manipuladores e gananciosos.
O filme, portanto, termina mostrando que, após diversas discussões a respeito da suposta possessão demoníaca e do histórico de Arne, o tribunal rejeitou todos os argumentos da defesa, reiterando que nada daquilo poderia ser provado ou validado nas leis dos Estados Unidos.
A partir disso, os advogados de Arne levantaram a tese de legítima defesa, que também foi derrubada durante o julgamento. Por isso, o rapaz, que na época tinha por volta de 19 anos, foi condenado por homicídio culposo em primeiro grau a uma pena de 20 anos de prisão.
Mesmo assim, ele esteve preso por apenas cinco anos e acabou casado com Debbie Glatzel, a irmã mais velha de David, falecida recentemente. Os dois permaneceram juntos até a morte dela.
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