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O mundo do entretenimento está dominado nesta semana por Barbienheimer, o fatídico encontro nos cinemas entre duas estreias bastante aguardadas: Barbie, o fenômeno de marketing da Warner Bros. dirigido por Greta Gerwig com Margot Robbie no papel da protagonista, e Oppenheimer, cinebiografia de Christopher Nolan sobre o cientista conhecido como pai da bomba atômica feito pela Universal Pictures.
Não é incomum que dois filmes bem diferentes entre si de estúdios rivais estreiem exatamente no mesmo fim de semana. Porém, apesar de nenhum embate anterior ter sido tão midiático quanto o atual, algumas combinações inusitadas já foram registradas na história do cinema.
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A seguir, separamos mais duplas de produções opostas, que buscam o mesmo público ou parecem atrair pessoas completamente diferentes, e acabaram chegando às telonas ao mesmo tempo.
O Cavaleiro das Trevas x Mamma Mia!
O próprio Nolan já esteve em um duelo por bilheteria bastante inusitado envolvendo Warner Bros e Universal. Em 18 de julho de 2008, estreou nos Estados Unidos o filme Batman: O Cavaleiro das Trevas, segundo longa-metragem do diretor sobre o personagem da DC Comics.
No mesmo dia, também foi lançado Mamma Mia!, o musical que usa músicas do grupo sueco ABBA para contar a divertida história de uma mulher (Meryl Streep) em busca de saber qual dos antigos namorados (Pierce Brosnan, Colin Firth ou Stellan Skarsgård) é o pai de sua filha (Amanda Seyfried).
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A produção com Christian Bale no papel de Bruce Wayne e Heath Ledger como o vilão Coringa rendeu um Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante e foi a vencedora em receita (pouco mais de US$ 1 bilhão). Porém, o rival não fez feio e arrecadou US$ 600 milhões com ingressos.
Matrix x 10 Coisas que Eu Odeio em Você
Em 31 de março de 1999, a ficção científica Matrix estreou nos cinemas para revolucionar o gênero com temas que são debatidos e retratados até hoje em filmes, como o conceito de vivermos em uma simulação e cenas de ação com efeito bullet-time.
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Divulgação Warner Bros/Touchstone Pictures
Só que o longa-metragem das irmãs Wachowski estrelando Keanu Reeves não foi o único sucesso daquele fim de semana. No mesmo dia, a comédia romântica 10 Coisas que Eu Odeio em Você chegou às telonas com um elenco que seria ainda mais famoso nos anos seguintes (Heath Ledger, Julia Stiles e Joseph Gordon-Levitt).
Apesar de não chegar perto do fenômeno cinematográfico de Matrix em números ou influência, a comédia romântica foi imortalizada ao ser bem sucedida posteriormente, em mídia física e exibições na TV.
O Império Contra-Ataca x O Iluminado
De um lado, um blockbuster que era sequência de um maiores sucessos do cinema até aquela época. Do outro, a adaptação de um livro celebrado por um diretor ainda mais consagrado. Em 21 de maio de 1980, o público que queria ir ao cinema ver uma estreia precisou optar por Star Wars: Episódio V - O Império Contra-Ataca ou O Iluminado.
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Divulgação Disney/Warner Bros.
O novo capítulo da ópera espacial de George Lucas foi um fenômeno absoluto, com a continuidade das aventuras de Luke, Leia, Han Solo e Chewbacca, agora sofrendo as consequências de combater inimigos como Darth Vader.
Porém, o terror realista de Stanley Kubrick baseado no livro de Stephen King também apresentou um bom desempenho em bilheteria, em especial nas semanas seguintes com elogios à interpretação de Jack Nicholson.
Spaceballs x Nascido Para Matar
Um embate parecido com o anterior, agora envolvendo uma paródia de Star Wars e um filme ainda mais brutal dirigido por Kubrick. Em 26 de junho de 1987, estreava nos cinemas tanto S.O.S — Tem um Louco Solto no Espaço quanto Nascido Para Matar.
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Divulgação Warner Bros/MGM
A primeira produção, chamada de Spaceballs no título original em inglês, estrela Rick Moranis, e grande elenco em uma sátira de filmes de ficção científica feita pelo mestre Mel Brooks. A comédia bateu de frente com um retrato violento sobre a guerra do Vietnã, incluindo combates sangrentos em terras inimigas e questões de saúde mental dos soldados antes e durante o conflito.
Curiosamente, aqui foi Kubrick o vencedor em bilheteria, com US$ 120 milhões arrecadados contra pouco mais de US$ 38 milhões do rival, que só virou um clássico cult anos depois.
Jumanji x Fogo Contra Fogo
Outras duas produções bem diferentes entre si chegaram ao mesmo dia em 15 de dezembro de 1995 — período de fim de ano, verão nos EUA e férias escolares que costuma beneficiar filmes mais família.
O grande sucesso de bilheteria foi Jumaji, produção estrelada por Robin Williams (Patch Adams, Uma Babá Quase Perfeita) e Kirsten Dunst (a Mary Jane da primeira trilogia do Homem-Aranha) que mostra um mundo mágico e selvagem que é revelado por um jogo de tabuleiro — o sonho de praticamente qualquer criança que viu a aventura nas telonas.
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Ele arrecadou US$ 262 milhões, tirando outro fenômeno da época, Toy Story, do topo das bilheterias semanais.
No mesmo dia e buscando um público totalmente diferente, a Warner Bros. lançou Fogo Contra Fogo, thriller policial dirigido por Michael Mann. Com quase três horas de duração, o título traz os astros Al Pacino e Robert De Niro como protagonistas, mostrando a disputa entre um investigador e um criminoso. Ele também não fez feio nas bilheterias, arrecadando US$ 187 milhões, e virou ainda um dos filmes mais influentes do gênero.
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