Fabricante de mesas digitalizadoras, Wacom quer crescer 40% no Brasil

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Em um evento fechado, a Wacom anunciou seus planos para 2015. A companhia conhecida por suas mesas digitalizadoras disse que quer crescer 40% no Brasil neste ano. Tendo praticamente dominado o mercado corporativo, a empresa agora quer avançar no varejo, ou seja, mirar o usuário "comum", e também buscar oportunidades em instituições educacionais.

"Após dois anos consecutivos com um crescimento de 30% anuais e com novas metas de atingir diferentes nichos, a Wacom enxerga que ainda existem segmentos de grande potencial no Brasil a serem explorados, como o acadêmico e o e-commerce, entre outros", afirmou Thiago Machado, gerente-geral da companhia no Brasil.

Fundada no Japão em 1983 e com representação oficial no Brasil desde 2010, a Wacom fabrica produtos como displays interativos, mesas digitalizadoras e canetas para celulares e tablets. Talvez você tenha a impressão de que a companhia fabrique mais equipamentos profissionais, mas agora a empresa investe em um reposicionamento da marca, mirando também fora do nicho que costumava ocupar.

"Um dos motivos de a Wacom mirar esta meta agressiva de 40% de crescimento é o fato de a marca estar passando por um reposicionamento no qual pretende trabalhar a criatividade como um estilo de vida. A missão da empresa é o nosso slogan ‘for a creative world’ – ‘por um mundo criativo’", continuou Machado.

A Cintiq de 27 polegadas é o maior dos displays interativos da Wacom

Linha de produtos

Os produtos mais caros da companhia são os displays interativos Cintiq, que se tratam basicamente de monitores de computador com tela sensível à caneta. É como se estivesse na frente de uma folha de papel: você passa a caneta na tela e vê traços aparecendo. Diversos tipos de ferramentas (lápis, pincel, ponta de pena e outros) são emulados, tudo com precisão de pixels e em tempo real.

Mas para ter essas belezinhas você vai ter que dispender pelo menos R$ 5,4 mil, que é quanto custa um modelo de 13 polegadas – o menor que existe. O valor pode chegar a até R$ 18 mil, se for um de 24 polegadas — embora esse tamanho agora está sendo substituído por dispositivos de 27 polegadas recentemente anunciados na CES e que estão previstos para chegar na segunda quinzena de março.

Já as mesas digitalizadoras talvez sejam os produtos mais conhecidos da Wacom. Dividida entre modelos "comuns" e profissionais, a linha Intuos pode ser encontrada desde R$ 350 a até quase R$ 2,5 mil no e-commerce da marca. Esses aparelhos são geralmente conectados a computadores (PC ou Mac) e funcionam como um mouse, com a diferença de que se usa uma caneta para controlar o cursor. Para quem desenha ou faz modelos 3D, torna-se um facilitador, já que a interface é mais natural.

A linha Intuos é de mesas digitalizadoras para conectar a computadores, em sua maioria

Pelo mainstream

Por fim, as canetas para tablets são alguns dos produtos mais simples da companhia. Tanto a Bamboo Stylus Fineline como a Intuos Creative Stylus 2 têm preço sugerido de R$ 359 e são compatíveis com iPads e iPhones. Há também canetas de ponta mais grossa, que saem por R$ 60. A Wacom até tinha algumas canetas para certos modelos do Samsung Galaxy Note, mas atualmente não há dispositivos que funcionam em aparelhos Android.

Outra aposta da companhia é o oferecimento de um serviço de armazenamento em nuvem, em que será possível guardar os trabalhos em um local remoto online (o aplicativo Dropzone) ou até mesmo salvar as configurações das máquinas (Control Room).

Durante o evento, o artista plástico Rafael Silveira falou sobre sua relação com a tecnologia. Segundo ele, o digital é muito prático na fase de esboço e seleção de cores e, com essa base, ele cria a obra final com tinta a óleo. Silveira, que é um dos "influenciadores" da Wacom, fala sobre sua rotina de trabalho no vídeo abaixo:

Fontes

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