Humane, criadora do AI Pin, busca ser comprada por outra empresa, diz site
A Humane espera ser absorvida pela bagatela de US$ 1 bilhão, ainda que seu único produto tenha sido bombardeado por análises negativas.
22/05/2024, às 14:34
Fonte: Humane/Reprodução
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Após o fiasco do lançamento do AI Pin, a Humane procura uma empresa para comprá-la. A companhia estaria avaliando o próprio valor de venda, de acordo com uma reportagem da Bloomberg. A princípio, a companhia espera ser absorvida por US$ 750 milhões ou US$ 1 bilhão — valor consideravelmente alto para uma desse porte, com apenas um único produto no mercado.
O AI Pin é uma plataforma com vários produtos embutidos. Além do hardware, há também o sistema operacional personalizado chamado CosmOS, responsável por gerenciar a interface e os modelos de inteligência artificial (IA) acessados pelo acessório.
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O AI Pin usa projeção para interação do usuário.
Contudo, o lançamento do AI Pin foi bem pior do esperado. Além do preço proibitivo — US$ 699, alto até para os padrões estrangeiros —, o acessório não se mostrou útil para o dia a dia. Na perspectiva de vários analistas, o dispositivo é pouco eficiente e não consegue substituir um celular.
Além da proposta frágil, o AI Pin também se mostrou pouco funcional. O software é inconstante, a interface de entrada (projeção e gestos com as mãos) são pouco precisos e o acessório é refém das interpretações de IAs (todas sujeitas às alucinações), portanto, nada confiáveis.
Humane com valor alto
Em 2023, antes do lançamento do AI Pin, a Humane foi avaliada por investidores em US$ 850 milhões. Na época, o acessório era apenas uma ideia, mas se mostrava promissor em utilidade e usabilidade.
Ainda que a Humane esteja se avaliando na casa dos US$ 1 bilhão, a empresa pode não conseguir ser absorvida pelo preço. Além disso, se sua existência depender das vendas do AI Pin, pode ser que a empresa não dure muito tempo no mercado.
Fato é, porém, que outras companhias do setor de IA podem abraçar a ideia e aproveitar a expertise da startup para lançar produtos próprios. Exemplo disso é a OpenAI que, segundo a Bloomberg, investiu R$ 230 milhões na Humane e estaria desenvolvendo um produto próprio não relacionado ao AI Pin.
Especialista em Redator
Redator de tecnologia desde 2019, ex-Canaltech, atualmente TecMundo e um assíduo universitário do curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Pai de pet, gamer e amante de músicas desconhecidas.
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