Inovar não tem nada a ver com tecnologia

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Imagem: Getty Images

Etapas que levam ao resultado é a definição de processo, etapas que atrasam o resultado é a definição de burocracia. Tão simples quanto isso. Entender essa sutil diferença foi determinante para a minha vida pessoal, profissional, e para o entendimento do que significa inovação em sua essência. E acredite: a tecnologia pode ser o meio responsável por ajudar ou por atrapalhar o seu negócio, porque depende como ela é aplicada.

Isso porque, muitas vezes eu me senti deslocado e até um ignorante diante a tantos termos, soluções e expressões que eu desconhecia. Mas, com o passar do tempo, o ofício de jornalista me ensinou que curiosidade e humildade são os melhores antídotos para minha falta de conhecimento.

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Então, diante a alguma solução que eu não compreendo, eu pergunto: Para que serve? Como esse negócio funciona na prática? Como ele torna a vida do cliente mais fácil? A verdadeira inovação responde a essas perguntas de forma direta, sejam elas complexas ou não. Porque, por mais complexa que seja a inovação, ela resolve algum problema. E o público-alvo precisa entender como isso acontece.

Inovar é tornar simples o que era complexo, é resolver um problema até então mal resolvido ou não resolvido.

É tornar o fluxo mais fácil, é fazer as coisas acontecerem. O WhatsApp é maravilhoso, e-mail marketing realmente funciona, mas você já experimentou o telefone? Às vezes, a melhor ferramenta de venda ou de gestão de crise é uma conversa franca.

InovaçãoInovar é estar aberto ao aprendizado e as mudanças constantes do mercado. Fonte: Getty Images

O profissional inovador precisa mais de soft skills do que de hard skills, ou, em português literal, é melhor que ele seja uma pessoa mais prática do que objetivamente domine todas as tecnologias.  Porque uma pessoa mais prática com certeza vai dar um jeito de aprender a dominar alguma tecnologia que a aproxime do resultado que ela deseja ou então vai encontrar um colaborador ou um parceiro que conheça essas soluções.

Aqueles que se deparam com uma inovação genuína, geralmente pensam ou verbalizam uma frase padrão: “Como é que eu não pensei nisso antes?”.  Sabe por que isso acontece? Porque a inovação verdadeira é tão óbvia que é irrefutável. Ela não precisa se vender, ela se impõe por sua natureza resolutiva de fato. Ela é escancarada.

Agora, pode ser que a implementação da inovação demore algum tempo. Nós somos criaturas de hábitos, naturalmente resistentes a mudanças, com uma forte tendência de colocar defeitos no novo pelo simples fato de ser novo, sem ao menos conhecê-lo ou experimentá-lo. Existe uma forte relação da cultura com a inovação, mas isso é tema para um outro artigo.

Por fim, inovar é um processo que abrange mentalidade e habilidades que transformem desafios em oportunidades, que façam as coisas acontecerem de maneira eficaz e direta. É uma jornada que valoriza a simplicidade, a resolução de problemas e o foco no resultado. Tecnologia pode ser o meio para isso. Ou não.

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Eduardo Cosomano é jornalista, fundador da agência EDB Comunicação, e coautor do best-seller Saída de mestre: estratégias para compra e venda de uma startup, e do recém- lançado Ouvir, Agir e Encantar: a estratégia que transformou uma pequena empresa em uma das líderes do seu setor, ambos publicados pela Editora Gente.

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