TikTok banido? CEO testemunha nos EUA sobre situação da rede social

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Imagem: House Committee on Energy and Commerce/Reprodução

Na manhã desta quinta-feira (23), o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, testemunhou perante o Congresso dos Estados Unidos enquanto o país decide uma possível proibição geral da rede social.

Com incisivas perguntas sobre rastreamento e venda de dados, além do compartilhamento dos mesmos com o governo chinês, o executivo defendeu no Comitê de Energia e Comércio da Câmara que o TikTok é um lugar de liberdade de expressão, mas sem descartar a segurança, principalmente, de jovens.

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Uma preocupação destacada pelos congressistas é o possível compartilhamento de dados de usuários do TikTok com o governo chinês, incluindo o Partido Comunista da China. Além disso, foram citadas preocupações sobre a segurança e influência da rede social na saúde mental de jovens usuários. Sobre os tópicos, Chew respondeu:

  • Que o TikTok não é uma empresa governamental, mas sim privada;

  • Que os dados de cidadãos americanos são salvos localmente por uma subsidiária chamada TikTok US Data Security, anunciada em maio de 2022;

  • Que os dados de americanos "são armazenados por padrão no serviço [de nuvem] da Oracle" em servidores na Virgínia e Singapura;

  • Que o TikTok nunca compartilhou dados de usuários americanos com o governo chinês;
  • Que o TikTok tem implementado medidas de segurança para proteger jovens na rede;

  • Que o TikTok excluirá os dados de usuários americanos de seus servidores ainda em 2023.

TikTok Congresso EUANos EUA, TikTok detalha funcionamento da rede enquanto o país decide sobre o banimento do app.

"Quando isso for feito, todos os dados protegidos dos EUA estarão sob a proteção das leis locais e sob o controle da equipe de segurança liderada pelo país. Isso elimina a preocupação que alguns de vocês compartilharam comigo de que os dados de usuários do TikTok podem estar sujeitos à lei chinesa", disse Chew.

Em resposta à Cathy McMorris Rodgers, do Partido Republicano, Chew repetiu que o TikTok "é um espaço livre de liberdade de expressão", mas não foi assertivo ao negar se a empresa compartilha diretamente dados de usuários com o governo chinês ou com funcionários da ByteDance ligados ao Partido Comunista Chinês. Em seguida, afirmou que a rede não compartilha dados de usuários com a China.

Moderação de conteúdo sensível

Sobre se a empresa é capaz de "vigiar os americanos", ele afirmou que o TikTok está comprometido em "proteger a privacidade" dos cidadãos. Ao ser questionado sobre se o TikTok vende dados de usuários por Frank Pallone, do Partido Democrata, Chew afirmou que a empresa "não vende dados para corretores de dados". Ao insistir na questão, o CEO foi evasivo sobre se a rede social vende dados "para qualquer pessoa".

"Nós acreditamos não coletar mais dados do que qualquer outra empresa" — Shou Chew, CEO do TikTok.

Kat Cammack, congressista da Flórida, exibiu durante o testemunho um vídeo publicado na rede social onde um usuário exibia a animação de uma arma e, na legenda, citava que estaria durante o testemunho. "Este vídeo foi publicado há 41 dias e permanece no ar", citou a representante. Chew, no entanto, não teve direito de resposta.

O congressista Gus Bilirakis exibiu vídeos de jovens falando sobre suicídio, em alguns casos relacionando o ato a piadas. Ele afirmou que a companhia é capaz de destruir a vida de famílias ao entregar esse tipo de conteúdo aos seus usuários, se desculpando também com a audiência presente.

"Você assume a responsabilidade sobre o algoritmo usado pelo TikTok para divulgar conteúdo para seus usuários?", perguntou Bilirakis, no qual Chew se esquivou.

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