Um vazamento interno do Twitter mostrou que Elon Musk solicita banimentos de contas sem nenhum processo mais formalizado ou justificativa. Dentre os perfis excluídos estão de Chad Loder, um ativista de esquerda e especialista em segurança cibernética.
As informações foram divulgadas ontem (26) pelo site Bloomberg, que teve acesso a documentos mostrando a influência de Musk no departamento de Trust and Safety (Confiança e Segurança). O setor é responsável por fiscalizar publicações que contrariem as regras de uso da rede social.
Na captura de tela visualizada pelos repórteres Davey Alba e Kurt Wagner há uma nota bem sucinta sobre o banimento de Loder. A imagem dizia apenas "Suspensão: solicitação direta de Elon Musk”.
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Fato parecido aconteceu com a conta do Twitter de Jack Sweeney, que criou um bot para rastrear o avião particular do dono da plataforma. Uma captura de tela vista pelos repórteres da Bloomberg dizia “Suspensão: direção de Ella”.
Ella, no caso, se trata de Ella Irwin, que foi uma executiva promovida pelo bilionário ao cargo de chefe do setor de Trust and Safety. Reconhecida como uma pessoa de confiança, Irwin tem trabalhado internamente para convencer as equipes do Twitter a adotarem o “regime Musk” de trabalho.
Porta-voz de Musk
De acordo com a Bloomberg, Irwin chegou a encorajar os trabalhadores do Twitter a aceitarem o modo “hardcore” de trabalho sob a nova gestão. Em discursos internos, ela chegou a dizer que todos precisariam se adaptar aos novos métodos e apoiarem Musk na nova liderança.
As ações da executiva deixaram alguns trabalhadores tensos, já que ela “atendia todos os caprichos” do também dono da Tesla. Os funcionários da empresa têm medo porque, de acordo com eles, algumas atitudes de Musk vão contra os protocolos de segurança estabelecidos ao longo dos anos pela rede social.
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Além de banir o ativista de esquerda e Jack Sweeney, Irwin atendeu a pedidos de Musk para remover jornalistas que acompanham os passos do bilionário e ajudou até mesmo a lançar uma nova política que proibia o compartilhamento de links de outras redes sociais — medida que foi abolida pouco tempo depois por causa da reclamação dos usuários.
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