Real digital: quais são as vantagens da moeda brasileira?

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Depois do Pix, o Banco Central do Brasil (BCB) está prestes a lançar mais uma novidade: o real digital. Esse é um tipo de dinheiro semelhante às criptomoedas — que não são geridas pelo BCB, diferentemente do real — e existirá de forma totalmente virtual.

O real digital será uma Central Bank Digital Currency (CBDC), o que significa “moeda digital do Banco Central”. A ideia é que ela sirva para facilitar o cotidiano dos brasileiros, diminuir custos com operações envolvendo dinheiro e ajudar a modernizar o sistema financeiro, melhorando a acessibilidade das transações e a inserção de contratos inteligentes.

Diferentemente da moeda corrente normal, o real digital não precisará ficar depositado em uma conta bancária, ou seja, ao menos em teoria, ele não requisita do dono ter uma conta no banco. Imagina-se que, a médio prazo, o real digital facilite a circulação entre carteiras digitais e possa ser usado para pagamentos globais — como em viagens ao exterior ou transações internacionais.

Assim, o sistema do real digital terá algumas vantagens em relação aos modelos financeiros tradicionais. Neste texto, contamos quais são elas.

Facilidade e agilidade

(Fonte: Freepik)(Fonte: Freepik)Fonte:  Freepik 

Talvez a principal vantagem das moedas digitais seja a agilidade na hora de fazer algum pagamento. As transações passam a ocorrer de forma imediata, sendo efetivadas em questão de segundos, sem a necessidade de haver um intermediário para a operação. É uma lógica que já começou a ser implantada por meio do Pix e avança ainda mais.

Segurança e rapidez nas transações internacionais

(Fonte: Você SA)(Fonte: Você SA)Fonte:  Você SA 

Quem tem que lidar com transações financeiras entre países — por exemplo quando recebe dinheiro do exterior — sabe que a ação pode se tornar uma grande "dor de cabeça", envolvendo trâmites burocráticos e pagamento de taxas.

O real digital deve facilitar as transações, visto que vai poder circular na web e chegar rapidamente a seu destino sem que haja a necessidade de intermediadores.

É importante lembrar também que a virtualização das transações financeiras é uma tendência no mundo todo, tendo como uma das vantagens o fato de tornar os cidadãos menos propensos a roubos.

Segundo o BCB, as transações realizadas em dispositivos móveis (como celulares e computadores) cresceram 35% entre 2019 e 2020 no Brasil. Cerca de 80% dos bancos centrais no mundo todo estão desenvolvendo as próprias moedas digitais.

Ajuda contra fraudes

(Fonte: Freepik)(Fonte: Freepik)Fonte:  Freepik 

Embora não seja exatamente uma criptomoeda, mas tenha semelhanças com elas, o real digital terá tecnologia blockchain, enviando as informações pela internet a partir de blocos criptografados.

Esse é um dos métodos mais seguros para efetuar transações digitais, pois ajuda a prevenir fraudes e ataques cibernéticos — algo que as pessoas costumam ter medo quando fazem compras virtuais.

Combate ao crime

(Fonte: Freepik)(Fonte: Freepik)Fonte:  Freepik 

O sistema abrange uma moeda que cumprirá regras e recomendações internacionais, ajudando no combate a crimes como lavagem de dinheiro e financiamento de proliferação de armas de destruição em massa.

Desse modo, o Brasil se une a um movimento mundial que busca colocar em prática formas mais efetivas para diminuir esses problemas.

Inclusão financeira

(Fonte: Show Me Tech)(Fonte: Show Me Tech)Fonte:  Show Me Tech 

Entende-se que a moeda digital pode ter um papel importante na inclusão financeira de camadas mais vulneráveis da população, que talvez não tenham acesso a bancos.

Um exemplo de um caso em que isso aconteceu é com o aplicativo Caixa Tem, criado pela Caixa Econômica Federal para facilitar o repasse do Auxílio Emergencial, ainda que o beneficiado não tivesse uma conta bancária.

Liberdade para o dono do dinheiro

(Fonte: Freepik)(Fonte: Freepik)Fonte:  Freepik 

Por ser vinculado ao Banco Central do Brasil, o real digital tem lastro e segurança. Ainda assim, promete proporcionar mais liberdade para o usuário, que pode escolher como quer pagar as contas, sem depender tanto da intermediação dos bancos.

Redução no custo de impressão de dinheiro

(Fonte: Criptofácil)(Fonte: Criptofácil)Fonte:  Criptofácil 

Há uma vantagem que deverá ser benéfica ao próprio Sistema Financeiro Nacional: real digital, por não precisar de uma versão “física” (cédulas e moedas), não apresenta custo para os cofres públicos. A ideia é que ele promova economia com os gastos em impressão e cunhagem de moedas.

Estímulo à concorrência positiva entre instituições financeiras

(Fonte: Vecteezy)(Fonte: Vecteezy)Fonte:  Vecteezy 

Outro possível benefício do real digital pode ocorrer paralelamente à sua instalação. Por conta da facilidade no manejo, ele pode “forçar” a concorrência positiva entre os bancos e a virtualização dos processos para poder atrair os clientes — que já não dependem tanto deles.

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