Como começar a investir no Tesouro Direto?

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Imagem: Pixabay/Joel Santana Joelfotos/Reprodução

O Tesouro Direto ficou ainda mais atrativo devido ao momento econômico brasileiro. A inflação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 11,89%, o que fez o Banco Central elevar a taxa do  Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) para 13,75% ao ano. Isso, por sua vez, reflete nas taxas de remuneração do título de dívida pública federal, tornando-o mais atrativo para os investidores.

Para quem deseja começar a investir no Tesouro Direto, basta ter um Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e uma conta em banco ou corretora. As aplicações podem ser realizadas a partir de R$ 30 e podem ser feitas uma única vez ou programadas mensalmente.

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Antes, porém, é necessário conhecer as características de remuneração de cada tipo de papel, e um curso pode ser importante para o investidor. Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo acerca de como dar o passo inicial para investir no Tesouro Direto. Confira!

Quais são os títulos do Tesouro Direto?

(Fonte: Pixabay/Nattanan Kanchanaprat/Reprodução)(Fonte: Pixabay/Nattanan Kanchanaprat/Reprodução)Fonte:  Pixabay/Nattanan Kanchanaprat/Reprodução 

Todos os investimentos no Tesouro Direto são de renda fixa, mas podem ser classificados pelo tipo de rendimento, pelo prazo de aplicação e pela oferta ou não de remuneração de juros semestrais.

Os títulos de dívida pública podem ser prefixados (Letra de Tesouro Nacional — LTN), pós-fixados (Letras Financeira do Tesouro — LTF) ou híbridos. Independentemente da modalidade da aplicação, todos os papéis estão sujeitos à taxa de custódia de 0,20% ao ano sobre o montante investido, cobrada pela Bolsa de Valores brasileira (B3), e ao Imposto de Renda (IR), pela tabela regressiva sobre os rendimentos.

Caso os resgastes sejam efetuados com menos de 30 dias, também é cobrado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além disso, algumas instituições financeiras cobram taxa de administração.

Tesouro prefixado

O tesouro prefixado apresenta taxa de juros anual conhecida no momento da aplicação, que não varia de acordo com a inflação nem com a taxa Selic. Dessa maneira, o investidor pode ter uma remuneração acima ou abaixo do índice inflacionário, o que pode significar rentabilidade real positiva ou negativa.

O Tesouro Nacional oferece dois vencimentos para esse papel. O primeiro, com prazo até 1º de janeiro de 2025, tem juros de 13,23% ao ano e investimento mínimo* de R$ 36,97. O segundo vence em 1º de janeiro de 2029, com rentabilidade anual de 13,34% e aplicação de, pelo menos, R$ 31,37.

*Os valores mínimos podem variar de acordo com a valorização do título no mercado.

Tesouro prefixado com juros semestrais

O tesouro prefixado com juros semestrais tem, basicamente, as mesmas características do título prefixado, mas apresenta uma característica própria. A cada 6 meses, o investidor é remunerado com o rendimento, sem a necessidade de esperar o prazo do resgate ou negociar o título no mercado secundário para receber o dinheiro.

Atualmente, apenas um tipo dessa aplicação é oferecido pelo governo federal. Trata-se de um papel com vencimento em 1º de janeiro de 2023. A rentabilidade anual é de 13,46% ao ano e o investimento mínimo está em R$ 32,98.

Tesouro Selic

A remuneração do tesouro Selic acompanha a variação da taxa básica de juros da economia brasileira, definida a cada 45 dias pelo Banco Central, acrescida de uma pequena rentabilidade fixa. O diferencial dessa aplicação é a possibilidade de acompanhar um índice importante, o que aumenta a possibilidade de rentabilidade real positiva.

O investidor pode optar pelo título com vencimento em 2025, que oferece remuneração de 0,0926% ao ano, além da taxa Selic, com investimento mínimo de R$ 119,21; ou com vencimento em 2027, com rentabilidade da taxa básica de juros acrescida de 0,1676% ao ano e aplicação a partir de R$ 118,59.

Tesouro IPCA+

(Fonte: Pixabay/Steve Buissinne/Reprodução)(Fonte: Pixabay/Steve Buissinne/Reprodução)Fonte:  Pixabay/Steve Buissinne/Reprodução 

O tesouro IPCA+ é o único título que garante, efetivamente, rentabilidade real positiva, uma vez que é remunerado pela variação da inflação oficial acrescida de taxa de juros anual próxima aos rendimentos da poupança.

O título é oferecido com vencimento em 2026 (IPCA + 6,25% ao ano) a partir de R$ 31,20; vencimento em 2035 (IPCA + 6,27% a.a.) e aplicação mínima de R$ 36,72; e em 2045 (IPCA + 6,27% a.a.) com investimento de, pelo menos, R$ 30,04.

Tesouro IPCA+ com juros semestrais

O tesouro IPCA+ com juros semestrais é um título que combina a rentabilidade atrelada à inflação com a remuneração a cada 6 meses, sendo uma opção para complemento de renda do investidor sem que seja necessário esperar o prazo de resgate.

O investimento pode ter vencimento em 2032 (IPCA + 6,25% a.a.) e aplicação a partir de R$ 40,26; em 2040 (IPCA + 6,27% a.a.) com aporte mínimo de R$ 39,88; e, ainda, em 2055 (IPCA + 6,29% a.a.) com valor de, pelo menos, R$ 38,89.

Qual é o Tesouro Direto que rende mais?

De acordo com a conjuntura econômica atual, o tesouro IPCA+ tem rentabilidade maior em comparação com os demais títulos. No entanto, o investidor deve lembrar que os prazos de vencimento são longos e o contexto de inflação e de taxa Selic pode mudar, afetando a remuneração dos investimentos. Por isso, ter a ajuda de uma assessoria bancária para começar a investir é recomendável.

Já sabe como dar o primeiro passo? Esperamos que o conteúdo possa o auxiliar em sua jornada investidora. Para mais informações, fique de olho no TecMundo.

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