Com atraso, testes do Real Digital só começam em 2023, diz BC
Quando estiver disponível, o Real Digital poderá ser utilizado em smart contracts, mas também ser convertido em depósito bancário ou dinheiro físico
Por Jorge Marin
31/05/2022, às 10:00
Fonte: Banco Central/Twitter
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Em um debate virtual promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) na noite de segunda-feira (30), o analista do Banco Central (BC) Fábio Araújo revelou que os testes do Real Digital, a versão digital da moeda brasileira, só deverão ocorrer a partir de 2023. Segundo o economista, a greve dos funcionários da instituição atrasou a programação.
A ideia de criar uma moeda digital no Brasil foi anunciada pelo BC em 2021, que disse estar desenvolvendo o chamado Real Digital para funcionar como uma extensão da moeda física. “A gente tinha a intenção de começar os [testes] pilotos talvez ainda no final deste ano, mas a greve atrasou bastante o cronograma”, afirmou Araújo.
Dessa forma, os testes da CBDC (Central Bank Digital Currency) foram adiados para 2023 e “boa parte de 2024”, para assegurar que o Real Digital, uma nova forma de representação do nosso dinheiro, emitida e garantida pela autoridade monetária do país, possa ser oficialmente lançada “na segunda metade de 2024”, prevê o representante do BC.
Como será possível obter o Real Digital?
Fonte: Banco Central/Twitter/Divulgação.
Primeiramente, é preciso destacar que o Real Digital não tem nada a ver com as criptomoedas, pois a versão digital é apenas uma extensão do Real físico, sendo, portanto, garantida pelo BC. A criação desse tipo de moeda visa tão somente estimular o uso de novas tecnologias, como os chamados contratos inteligentes (smart contracts), pagamentos em outros países, internet das coisas (IoT) e agilidade no combate a fraudes e crimes.
Quem estiver interessado em utilizar o Real Digital assim que for lançado, deverá obter uma carteira virtual diretamente de um agente financeiro autorizado pelo BC (banco ou instituição de pagamento). A versão inicial da moeda eletrônica funcionará como uma foto digital das cédulas convencionais, podendo ser convertida para qualquer tipo de pagamento existente, como depósito bancário ou dinheiro físico.
