Robinhood é processado por família de jovem investidor que se matou

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Imagem: Daily Hindi News

A família de Alex Kearns, um norte-americano de 20 anos que se matou em junho do ano passado, processou o aplicativo de finanças Robinhood pela morte do estudante. Segundo os reclamantes, o aplicativo induziu o rapaz a acreditar que havia perdido US$ 730 mil e ainda lhe enviou uma cobrança de mais US$ 170 mil.

No processo ajuizado na última segunda-feira (8), com acusação de homicídio culposo, a família alega que Kearns  jamais teve qualquer dívida com a empresa acusada, o que não impediu que o aplicativo sugerisse que sim, tanto que lhe enviou uma cobrança, sob forma de “ação imediata necessária” determinando que ele depositasse a importância de US$ 178.612,73 até o dia 17 de junho de 2021.

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Alex Kearns estudava na Universidade de Nebraska-Lincoln, nos EUA, e estava aprendendo a se tornar um investidor na plataforma Robinhood. Segundo a família, a angústia causada pela perda aparente, aliada às respostas automatizadas e pouco esclarecedoras do aplicativo, levaram o jovem a tirar sua vida.

O sofrimento de Alex Kearns

A família de Alex Kearns afirma que, tão logo recebeu a cobrança da Robinhood, o rapaz tentou por várias vezes entrar em contato com o suporte da empresa, mas só recebeu respostas automáticas. Finalmente, uma das mensagens informou a Alex que ele não devia dinheiro e que tudo não passou de um mal-entendido. Porém, o rapaz já havia se matado no dia anterior.

Após a repercussão pela morte do jovem investidor, a Robinhood emitiu um comunicado prometendo mudar a forma de funcionamento do seu aplicativo, lançando um programa educativo para seus usuários, além de uma doação de US$ 250 mil para a Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio.

Na nota de suicídio, deixada por Kearns, um jovem sem rendimentos mas com uma alavancagem financeira de US$ 1 milhão, ele diz que não tinha ideia do que estava fazendo, e que "não havia a intenção de correr tanto risco".

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