Intel deve tirar produção de chips dos EUA e terceirizar na Ásia

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Imagem: Intel/Divulgação

Mesmo com todos os esforços que o presidente americano Donald Trump fez para fortalecer a indústria doméstica de semicondutores, os EUA podem não ser mais o líder mundial do segmento: a queda pode estar na decisão da Intel (a ser anunciada em janeiro) de, em 2021, terceirizar a produção de seus produtos mais avançados, entregando-a a parceiros na Ásia.

Se antes seus laboratórios desenvolviam chips que eram fabricados apenas para unidades Intel pelo mundo, em 2021 a empresa deve abandonar esse modelo e transferir a produção de ponta para parceiros asiáticos (entre eles, alguns de seus rivais) fabricarem os chips de tecnologia mais avançada.

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Dos laboratórios em Hillsboro saíram os chips mais avançados do mundo.Dos laboratórios em Hillsboro saíram os chips mais avançados do mundo.Fonte:  Intel/Divulgação 

Segundo o analista da consultoria VLSI Research Dan Hutcheson, “as empresas sempre dizem que estão fazendo uma transição. O que descobrem é que, na verdade, estão em um caminho que praticamente não tem volta”.

A empresa alega que a terceirização não significa o fechamento de suas unidades no estado norte-americano do Oregon (incluindo os laboratórios de pesquisa em Hillsboro). Hoje, um terço de sua produção já é terceirizada. O problema, segundo analistas, é se a Intel vai conseguir conciliar a produção de produtos avançados no exterior com a produção interna de componentes e produtos mais antigos e menos sofisticados.

Tempos ruins

“Ninguém foi capaz de fazer esse esquema funcionar: é muito caro manter fábricas próprias e, ao mesmo tempo, terceirizar a tecnologia mais valiosa. É como ter dois cônjuges”, disse Hutcheson ao jornal The Oregonian.

Em meados desse ano, a Intel perdeu, em apenas um dia, US$ 40 bilhões em valor de mercado, ao anunciar que o desenvolvimento de sua próxima geração de chips de 7 nanômetros está um ano atrasada.

Essa falha no cronograma veio se somar aos casos semelhantes dos processadores de 14 nm e 10 nm; o tropeço afastou investidores e clientes que não mais confiam na Intel para entregar chips novos regularmente – a razão de ela ter se tornado um dos líderes no segmento.

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