iFood chega a dobrar taxa de entrega de alguns restaurantes

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Além de todos os problemas econômicos enfrentados durante a pandemia, donos de restaurantes que utilizam o iFood como plataforma de vendas podem se deparar com uma surpresa nada agradável: a empresa chegou a dobrar a taxa de entrega cobrada por alguns estabelecimentos, o que pode impactar na redução de pedidos. Segundo comunicado da empresa, as variações serão aplicadas para acompanhar o dinamismo do mercado e manter a qualidade do serviço.

Tais mudanças têm relação direta com a cidade e o raio de entrega. O UOL divulgou uma mensagem enviada pela companhia que demonstra a diferença de preços aplicados antes e depois da medida. Para uma mesma situação, se antes variavam entre R$ 3,99 e R$ 11,99, agora os valores ficam entre R$ 6,99 e R$ 13,99.

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Mensagem enviada a restaurantes sobre a mudança de preços nas taxas de entrega.Mensagem enviada a restaurantes sobre a mudança de preços nas taxas de entrega.Fonte:  UOL 

Dependendo do plano contratado, podem ser cobradas taxas até 27% dos estabelecimentos – sendo que o Básico (sem entregador) custa R$ 100 mensais para vendas acima de R$ 1.800 no mês, com taxa de 12% sobre o valor de cada pedido, mais 3,5% para os pagamentos feitos diretamente pelo app (referente à taxa cobrada pelos cartões). Já no Entrega (com entregador), proprietários desembolsam R$ 130 mensais para vendas acima de R$ 1.800 no mês e arcam com taxa de 27% sobre cada pedido

Ambos os casos serão afetados.

Situação do mercado e fundos de auxílio

De acordo com o iFood, 61% dos entregadores receberam R$ 19 ou mais por hora trabalhada no mês de abril. “Os ganhos médios mensais dos entregadores que têm a atividade de entregas como fonte principal de renda aumentaram 36% em abril quando comparado a fevereiro”, complementa, sem, entretanto, esclarecer se o aumento de cobrança das taxas será convertido aos profissionais.

Uma justificativa que não pode ser utilizada, nesse caso, é diminuição de atividades: um levantamento feito pela Rede mostra que as compras de delivery pagas no cartão cresceram 59% em abril (em comparação ao período anterior às medidas de isolamento). “Até entenderia o aumento nos custos se fosse de um fornecedor em dificuldades. Mas do iFood não. Com a crise, o iFood está conquistando mais parceiros e clientes na sua plataforma. Ou seja, está ganhando nas duas pontas”, afirmou Mirany Soares ao UOL, dona da Formaggio Mineiro, que fabrica pão de queijo e tem cinco lojas físicas em São Paulo.

Empresas de delivery registraram aumento de demanda durante a pandemia.Empresas de delivery registraram aumento de demanda durante a pandemia.Fonte:  iFood 

Ainda assim, a companhia criou dois fundos de R$ 1 milhão cada. Um deles é voltado ao auxílio a entregadores nos grupos de risco; o outro, para remunerar parceiros afastados por suspeita ou infecção por coronavírus. Por fim, a empresa preparou um fundo de R$ 50 milhões para auxiliar restaurantes por meio da redução de comissões e antecipação de pagamentos, além de oferecer aulas com empreendedores, gestores e profissionais que atuam nas mais diversas áreas ligadas ao mercado – medidas destacadas em nota oficial.

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