Cientistas descobrem que o quilograma pode estar ganhando peso

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(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia)

Um grupo de cientistas da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, descobriu que o cilindro de platina e irídio utilizado como padrão para medir um quilograma está ficando mais pesado. De acordo com uma notícia publicada pela instituição, os pesquisadores realizaram análises em superfícies similares às do bloco padrão para determinar como décadas de acúmulo de contaminantes podem estar alterando o peso do cilindro.

O bloco padrão — também conhecido como Protótipo Internacional do Quilograma — foi criado em 1875 para estandardizar a medida. Alguns anos mais tarde, 40 réplicas foram produzidas para que, a partir de então, um quilograma pudesse ser medido exatamente da mesma forma em todo o mundo.

Quilograma mais pesado

Depois de realizar uma análise espectroscópica de um cilindro semelhante ao original, os pesquisadores descobriram que os contaminantes presentes no ar — resultantes do processo de industrialização e progresso da vida moderna — provocaram o acúmulo de substâncias na superfície do bloco, tornando-o vários microgramas mais pesado do que quando foi criado.

Isso também significa que as réplicas, que se encontram distribuídas em diversos países, também estão sofrendo alteração de peso — em velocidades e intensidades diferentes —, tornando-se cada vez mais diferentes do cilindro original. Conforme explicaram os pesquisadores, embora a diferença “vários microgramas” pareça ser insignificante, a verdade é que essa variação pode ter consequências bem pesadas.

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Basta pensar no comércio internacional de substâncias supervaliosas ou como um único micrograma poderia afetar o trabalho de químicos e outros cientistas, por exemplo. Mas, por sorte, os cientistas também descobriram como fazer com que o cilindro volte a “emagrecer”.

Dieta

Os pesquisadores afirmam que existem métodos bem simples para eliminar o acúmulo de contaminantes, como submeter a superfície do cilindro a um determinado tipo de luz, que mistura ozônio e raios ultravioleta. Entretanto, embora o estudo seja interessante, vale lembrar que os pesquisadores não utilizaram o cilindro original para obter os resultados.

Na verdade, o protótipo-padrão — que se encontra na França — passa por limpezas periódicas que resultam na perda de alguns microgramas a cada procedimento. Por outro lado, quem sabe o método indicado pelos cientistas para eliminar o acúmulo de contaminantes não possa ser adotado para que o bloco original se mantenha sempre no peso exato?

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