Pesquisador afirma que a internet pode causar a extinção da raça humana

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Um estudo dirigido pelo norte-americano Michael Gillings, professor na Universidade Macquarie, está causando polêmica ao afirmar que a internet poderá causar a extinção da raça humana em um futuro próximo. Embora tal situação pareça ilógica e improvável, o pesquisador apresenta argumentos interessantes em seu trabalho, defendendo que devemos enxergar a web como um organismo vivo em constante evolução.

“A vida na Terra é impulsionada pela informação codificada no DNA, e há cerca de 530 bilhões, bilhões, bilhões e mais bilhões de nucleotídeos – os componentes individuais que constroem o DNA – no planeta, o que é um volume massivo de informação. Porém, a previsão é que a quantidade de informações na internet deve exceder esse número em algumas centenas de anos”, explica Gillings.

Desde os primórdios dos tempos, os organismos vivos têm se esforçado para criar formas mais complexas e seguras de armazenar informações – os primeiros seres vivos que habitaram a Terra substituíram moléculas instáveis pelas moléculas de DNA que conhecemos até hoje. Essa evolução permitiu que os organismos crescessem e se tornassem mais do que uma célula, desenvolvendo um sistema nervoso e eventualmente dando origem aos seres humanos. Da mesma forma, a internet cresce de 30% a 40% a cada ano, acompanhada de novas formas de guardar e usar informações digitais.

Um organismo em evolução

“O que nós observamos ao longo da história é que os avanços evolucionários geralmente resultam na extinção das espécies mais antigas, o que significa que deveríamos estar trabalhando em uma maneira de impedir esse destino”, afirma Gillings. “A inteligência artificial já consegue nos vencer em um jogo de xadrez; nós confiamos nela para o mercado de ações, para operar trens e aviões, e até mesmo para manter nossa rede elétrica”, complementa.

De acordo com os pesquisadores, o principal problema é estarmos conectados demais ao mundo digital, usando inclusive dispositivos vestíveis e implantes médicos que se conectam à internet. Em breve, nosso cérebro poderá se comunicar diretamente com a web, e isso nos deixará suscetíveis a um possível ataque de um organismo digital.

“Em termos biológicos, uma fusão entre dois ‘organismos’ não relacionados é chamada simbiose. E na natureza todas as simbioses têm potencial para se transformar em uma relação parasítica, na qual um organismo se dá melhor do que o outro. Precisamos começar a pensar na internet como um organismo que pode evoluir. A principal preocupação deve ser se ela vai cooperar ou competir conosco”, conclui o pesquisador.

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