Pesquisadores desenvolvem transmissor WiFi que dificulta a ação de hackers

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O desenvolvimento tecnológico das últimas décadas trouxe diversas facilidades para o cotidiano dos cidadãos, resultando em uma quase dependência do acesso à internet para desempenhar uma série de tarefas. Se tais avanços geram enorme praticidade, também salientam a importância de proteger as conexões, para evitar desastres de grande magnitude. Pois bem: a segurança das redes sem fio pode ter ganhado mais um reforço, com o novo dispositivo dos pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

Os cientistas criaram um transmissor WiFi que impossibilita a interceptação dos sinais por parte de hackers. Para entender a relevância disso, é necessário saber que, atualmente, uma das formas de evitar essa captura é através de uma técnica chamada salto de frequência. Com ela, os pacotes de dados são enviados para frequências de rádio aleatórias. O problema é que os maiores se movem mais devagar que os pequenos, dando tempo suficiente para que sejam pegos.

A vantagem do dispositivo dos cientistas é que ele acelera consideravelmente o processo, tornando-o tão rápido que fica inviável interceptar os pacotes de dados. Na prática, eles enviam, aleatoriamente, cada bit para 80 frequências diferentes a cada microssegundo. Como essa seleção é muito ágil, aleatória e sem destino pré-fixado, os hackers não conseguem identificar o que está indo para onde. “Isso significa que eles não podem fazer muito mais que tentar adivinhar o lugar”, diz Rabia Tugce Yazicigil, pesquisadora de pós-doutorado no MIT e principal autora do trabalho.

De acordo com ela, a arquitetura atual dos transmissores não permite que os saltos aconteçam com tanta velocidade sem precisar de muita energia. Com o protocolo que eles desenvolveram, porém, é possível oferecer, no nível físico, uma camada de segurança para as conexões. A princípio, as aplicações mais diretas seriam para aparelhos domésticos conectados à internet, mas ela afirma que a ferramenta também poderia proteger equipamentos médicos, que podem ser atacados com o fim de machucar alguém. “Quando começam a corromper as mensagens enviadas, isso afeta a vida das pessoas”, ela completa.

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