Smartphones e tablets: conheça a diferença entre os principais processadores desses aparelhos

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Ao comprar um computador novo, processador é um item chave, que com certeza pesa na sua decisão. É a peça que funciona como o cérebro do computador, dando comandos e mandando informações para que ele funcione corretamente. Além disso, é um item caro, de alta tecnologia.

Frequentemente, ligamos o termo processador ao computador, esquecendo que os pequenos smartphones e os novíssimos tablets também possuem esta peça, fundamental para o seu funcionamento.

Os novos apaReprodução: Motorolarelhos têm várias de funções: câmera digital embutida, videochamadas, interatividade com a internet, jogos, aplicativos e outras milhares de coisas que vão muito além do simples ato de telefonar.

Por essa razão, o processador é um fator que também deve pesar na sua escolha quando adquirir um novo aparelho. Afinal, de que adianta oferecer inúmeras funções, se na hora de realizá-las o processo é lento e cheio de problemas?

Então, vamos falar um pouco sobre os processadores que estão dentro dos seus aparelhos, para que você fique informado antes de escolher seu próximo gadget!

ARM
A britânica ARM é uma das principais produtoras de processadores para pequenos dispositivos, como smartphones, tablets, GPS, calculadoras, impressoras e também câmeras digitais. Sua importância nessa área é grande, pois a tecnologia desenvolvida pela ARM serve de base para os principais processadores de pequenos gadgets.

Presente em 99% deles, a ARM domina um mercado que despertou o interesse da gigante Intel, que agora também entra na disputa, com novas versões do seu processador Atom.

Como a empresa fabrica os processadores, mas os repassa para outras fabricantes, o nome da ARM não é conhecido, mas sua tecnologia está presente em processadores da Samsung, Apple, Qualcomm, entre outros. Assim, a tecnologia da ARM pode ser adaptada por outras empresas para se adequar às características que cada aparelho pede.

Outro destaque importante dos processadores da ARM é que cada vez mais a empresa trabalha para colocar tecnologia potente dentro de smartphones e tablets. Agora, com o Cortex-A5 e A9, já é possível ter processadores com até quatro núcleos e 2GHz, frequência só antes encontrada em computadores.

Abaixo, podemos ver onde a tecnologia da ARM está presente:

Apple
Reprodução: Apple
Com o lançamento do tablet da Apple, o iPad, veio também o processador desenvolvido pela empresa especialmente para o novo aparelho. O Apple A4 tem a tecnologia Cortex-A8, da ARM, e pode funcionar em 1GHz. Apesar de ser um número significativo para o processamento de um smartphone, não implica um excelente processamento para um tablet.

Boatos davam conta de que a Apple teria aproveitado a arquitetura do Cortex-A9, da ARM, que oferece dois núcleos. No entanto, agora se especula que a Apple esteja trabalhando em uma variação do processador já presente no iPhone.

O Apple A4 tem como principal característica o baixo consumo de energia, que proporciona grande autonomia para o usuário. Segundo Steve Jobs, o iPad poderá funcionar por até 10 horas, ou até 30 dias em espera.

Samsung

A Samsung é outra empresa que utiliza tecnologia da ARM em seus processadores. O modelo S5PC100 está presente no iPhone 3GS, trabalha com até 600MHz e 32 bits. Utilizando também a tecnologia Cortex-A8, não é tão eficiente na hora de economizar bateria – o que nos leva a crer que a Apple desenvolveu mais o processador Apple A4 para que ele chegasse à grande autonomia de 10 horas.

O modelo S5L8900 da Samsung também é utilizado em aparelhos da Apple: o iPhone 3G e nas primeiras gerações do iPod. A frequência desse processador é menor, variando entre 400 e 600mHz. Produzido em 2009, é maior do que o S5PC100, do iPhone 3GS.

Reprodução: Google
Qualcomm


Dos dois principais processadores da Qualcomm, um utiliza arquitetura da ARM, e outro não. O primeiro, modelo MSM7201A, é utilizado em alguns aparelhos da Motorola (DEXT, que opera com Android e Motosurf A3100, com Windows Mobile) e da LG (GT810H, que opera com Windows Mobile). Sua frequência é de 538MHz e ele é baseado no 1136EJ-S, da ARM.

O segundo, Snapdragon QSD8250, está presente no Nexus One, aguardado aparelho da Google, e também no novo tablet da Dell, o Mini 5. A grande vantagem desse processador é que, a exemplo do Apple A4, ele funciona com a frequência de trabalho de até 1GHz.

Texas Instruments

O Omap 3430, da Texas Instruments, também é baseado em Cortex-A8, da ARM. E o Milestone, da Motorola, traz esse processador. O aparelho concorre com o Nexus One da Google, pois os dois contam com o sistema operacional Android 2.1.

No entanto, o Nexus One sai na frente, pois o Snapdragon QSD8250 tem frequência de 1GHz, em oposição aos 550MHz do Omap 3430 do Milestone, que no entanto,em outros aparelhos pode chegar até 600mHz.

Freescale Semiconductor
Reprodução:  Amazon
Esta empresa é a responsável pelos processadores presentes nos dois principais e-readers do mercado: o Kindle, da Amazon, e o Sony Reader. A Freescale Semiconductor também utiliza tecnologia da ARM como base para seus processadores. No entanto, é menos potente do que as tecnologias de tablets e smartphones, pois os e-readers não exigem tanto assim de seus processadores.

O Kindle possui um processador com tecnologia ARM-11, 532MHz, e o Sony Reader traz um ARM920T, de 200MHz. Agora, a empresa responsável por 90% dos processadores para e-readers anuncia novos chips que pretendem representar uma economia de até U$30 na compra de um leitor eletrônico.

Intel
Com a grande parcela do mercado nas mãos da ARM, a Intel viu uma boa possibilidade de entrar na concorrência. A empresa pretende partir da tecnologia do processador Atom, para especializar-se também na área dos pequenos portáteis.

Reprodução: Intel
O Atom foi desenvolvido para netbooks, com o objetivo de deixar o aparelho menor, mais leve, com maior autonomia e mesmo assim sem perder eficiência. A Intel tem sido bem-sucedida, uma vez que a maioria dos netbooks no mercado funciona com processadores Atom.

A Intel lançou neste mês o Atom N470, que traz uma frequência de 1.83GHz, um pouco a mais do que os 1.66GHz dos outros processadores Atom. Mesmo assim, ainda é um processador desenvolvido para netbooks.

O Atom ainda tem um consumo de energia muito alto para smartphones e tablets. Mas a Intel já corre contra o tempo para concorrer com a ARM. Além de estar desenvolvendo um processador para pequenos gadgets, também começou a vender sua tecnologia para que ela sirva de base para outros fabricantes.

AMD
A AMD é uma das gigantes na fabricação de processadores para computador. No entanto, já declarou várias vezes que não tem interesse em entrar na briga pelo mercado de netbooks, smartphones e gadgets.

Recentemente, a AMD lançou o Athlon Neo, que já aparece em alguns netbooks, como o Gateway LT3100. Mas a empresa insiste em afirmar que esse processador foi desenvolvido para “netbooks ultrafinos”, como o MacBook Air, e que não pretende entrar na briga pelo mercado conquistado pelo Atom da Intel.Reprodução: AMD

Esse novo processador da AMD tem núcleo único como o Atom, mas consome mais energia, pois está focado no desempenho gráfico do computador. Portanto, você tem um computador que roda melhor a parte gráfica, mas com baixa autonomia.

O que podemos esperar?
Tanto ARM quanto Intel têm evoluído muito e desenvolvido novas tecnologias em processadores. Com certeza, a entrada da Intel na briga pelo mercado de processadores para pequenos dispositivos só traz bons frutos para o consumidor. Podemos esperar chips cada vez mais rápidos, menores e mais eficientes. Além disso, preço e tempo de autonomia também são duas características que podem ser melhoradas.

No entanto, os processadores disponíveis no mercado ainda não correspondem às expectativas. Funcionam razoavelmente bem na maioria dos smartphones, mas deixam a desejar no desempenho dos tablets.

Já os modelos para netbooks precisam de melhoras para aliar a questão gráfica ao desempenho, e consomem energia demais para serem utilizados nos tablets. Portanto, o número de funções desempenhadas por estes gadgets pode ser grande, mas ainda precisam de bons chips para desempenhar o papel fundamental de processamento.

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