Desenhos mostram como bombas eram disfarçadas de 'chocolate' na 2ª Guerra

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Desenhos feitos durante a Segunda Guerra Mundial de protótipos de explosivos foram encontrados recentemente pela filha de um ex-agente da unidade de sabotagem B1C, na época parte do serviço britânico de Inteligência MI5.

Barras de chocolate explosivas, latas de óleo para motor com bombas acopladas e comida enlatada com fundos falsos seriam alguns dos dispositivos que, depois de passarem sob inspeções descuidadas, seriam capazes de afundar navios.

As ilustrações, porém, não serviram como base à fabricação de armas pelo Reino Unido. O objetivo, na realidade, foi fazer com que os desenhos funcionassem como um manual a agentes que, porventura, tivessem de desarmar esses tipos de bombas.

A extremidade da barra de chocolate seria destacada e, depois de sete segundos, tudo explodiria.

Conforme explica o historiador Nigel West, navios carregados com suprimentos eram frequentemente destruídos pelo exército alemão. “A ideia era fazer com que a Grã-Bretanha passasse fome até se submeter [aos alemães]. Então vários dispositivos ingênuos foram criados para que pudessem ser colocados discretamente no compartimento de cargas”.

As bombas eram equipadas com cronômetros e, quando disparadas, podiam incendiar ou afundar a embarcação em meio ao oceano.

Como tudo começou

A unidade B1C era composta por apenas três integrantes: Victor Rothschild, um cientista, sua esposa e secretária Teresa Georgina Mayor e Donald Fish, então um detetive, faziam da iniciativa um departamento modesto, mas ousado.

Com a intenção de prevenir atentados por parte da Alemanha, Rothschild contratou o filho de Donald para elaborar ilustrações acerca de alguns dos dispositivos usados pela nação inimiga. O resultado foi a criação de um manual destinado ao desarmamento de explosivos disfarçados.

Segundo informa a BBC, os desenhos foram encontrados acidentalmente em uma cômoda por Victoria Rothschild, filha do falecido agente da B1C. Os documentos foram enviados à viúva de Fish, que pretende expô-los em museus de história.

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