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Growth hackers: a segunda voz por trás dos figurões da tecnologia

Eles são responsáveis por alavancar tendências de mercado e agem muitas vezes como consultores informais de grandes empresas.

schedule12/06/2013, às 07:57

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Imagem de Growth hackers: a segunda voz por trás dos figurões da tecnologia no site TecMundo

O fenômeno ainda se manifesta de forma tímida no Brasil. (Fonte da imagem: Reprodução/ScienceIllustrated)

Pessoas influentes sempre existiram. Elas podem não ocupar um cargo de chefia, mas, de alguma forma, estão lá – aconselhando políticos, liderando um movimento social qualquer ou ditando tendências (de moda, de pensamento, de comportamento...).

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No jornalismo, por exemplo, há sujeitos responsáveis por “guardar os portões” de um determinado meio de comunicação. Em poucas palavras, a função dos “gatekeepers” (título do conceito, em inglês) é analisar e, por consequência, filtrar o que pode ou não ser publicado por este ou aquele canal midiático.

Mas outra classe de críticos tem se mostrado relevante no cerne das estratégias de marketing das empresas atualmente: os “growth hackers” são capazes de alavancar tendências, aconselhar executivos e direcionar o comportamento de produtos ou serviços no mercado.

No Brasil, contudo, a figura dos “hackers do crescimento” (tradução aproximada do termo growth hackers) ainda é pouco conhecida e, por aqui, a principal plataforma de manifestação desse fenômeno é o site BeeQO.com. "Nossos growth hackers vivem para criar novas maneiras de interação entre as diferentes plataformas. Algumas das soluções que estamos criando trarão realmente um diferencial em relação a nossos competidores", disse Eduardo Farias, cofundador da rede BeeQO.com, ao site Kioskea.

O que eles realmente fazem?

Você já deve ter ouvido falar dos gerenciadores financeiros Wint e Wasabe, certo? Pois saiba que parte do sucesso do aplicativo Wint se deve às críticas positivas de Noah Kagan. Via Twitter e por meio de seu blog, Kagan mobilizou diversos internautas listando pontos em que o aplicativo Wint supera (na opinião dele) o Wasabe. O efeito dos comentários desse growth hacker gerou uma reação em cadeia: o app elogiado foi arrematado pelos consumidores.

Os growth hackers são figuras determinantes nas empresas de tecnologia. (Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)

Danielle Morrill, outra “hacker de crescimento”, publicou há alguns meses um texto bastante ácido sob o título de “Por que propagandas em mobiles ‘enchem o saco’, de uma perspectiva de marketing”. Em seu artigo, Danielle publica um gráfico provando que a eficácia (em termos financeiros) dos anúncios feitos em mobiles é praticamente nula. Sua perspectiva foi ouvida também por uma legião – fazendo com que o tema figurasse discussões sobre estratégias de mercado relacionadas aos gadgets.

Outro bom exemplo acerca deste tema é o trabalho de Andy Johns, gerente produção e marketing de internet, que conta com passagens pelas empresas Facebook, Twitter e Quora. Quando questionado sobre as funções do time de growth hackers da rede social criada por Zuckerberg, o especialista em estratégias de crescimento virtual listou seis pontos que respondem, de forma condensada, à pergunta feita. Em resumo, os “hackers do crescimento” fazem o seguinte:

  • Estatísticas e ciência de dados: processo que se concentra na análise de grandes quantidades de dados que, depois de coletados, podem apontar tendências, respostas a testes ou até mesmo respostas ao time de desenvolvimento de uma empresa;
  • Aquisição direta de marketing: setor do time de growth hackers que concentra foco sobre determinados canais de comunicação (como SEO, PPC e email) com a intenção de otimizá-los;
  • Desenvolvimento de produtos: esses profissionais podem também participar do desenvolvimento de certos produtos ou serviços. No Facebook, por exemplo, aplicativos online e o suporte via plataforma passaram, de um jeito ou de outro, pelas mãos do “growth team”;
  • Cultura: determinados embates ideológicos (como discussões que colocam em xeque religião e ciência) podem, por vezes, atravancar o desenvolvimento de uma empresa. Cabe à equipe de especialistas, então, encontrar um tipo de canal comum de comunicação a essas classes de usuários – um espaço onde ambas as culturas possam conviver de modo pacífico;
  • Contratação: os growth hackers estão envolvidos de forma intensa nas contratações feitas pelas empresas. “É muito mais fácil contratar grandes talentos de outras companhias quando você prova que o seu produto está fazendo sucesso”, como escreve Andy Johns; e
  • Monetização: há muita similaridade entre o direcionamento de usuários e o crescimento de monetização. Isso significa que uma metodologia pode ser desenvolvida por meio desta “mentalidade”.

Assim, os growth hackers (pessoas sempre populares no meio online) trabalham com o intuito de dar visibilidade a determinados produtos e serviços, otimizando também as estratégias de marketing e desenvolvimento das empresas.  

Produtos e serviços também são avaliados pelos "hackers do crescimento". (Fonte da imagem: Reprodução/Envolverde)

Confira, abaixo, lista com 10 growth hackers bastante populares que tratam justamente do tema “hackers de crescimento”:

  • Sean Ellis (@seanellis): “encontre um growth hacker para o seu startup”;
  • Danielle Morrill (@danellemorrill): “por que propagandas em mobiles ‘enchem o saco’, de uma perspectiva de marketing”;
  • Noah Kagan (@noahkagan): “como o Mint bateu o Wasabe”;
  • Hiten Shah (@hnshah): “distribuição hacking B2B”;
  • Andrew Chen (@andrewchen): “growth hacker é o novo marketing VP”;
  • Dan Martell (@danmartell): “a arte e a ciência do hacker de crescimento”;
  • Akash Garg (@akashgarg): “statups vs enterprise”;
  • Greg Tseng (@gregtsend): entrevista com o growth hacker Greg Tseng”;
  • Evan Solomon (@evansolomon): “seja gentil com o seu growth hacker”; e
  • Jesse Farmer (@jfarmer) “o valor de um encaminhamento de ‘social commerce’”.

A seguir, quatro growth hackers que são, hoje, referência no mundo online:

  • Neil Patel (@neilpatel): cofundador da KISSmetrics;
  • Ivan Kirigin (@ikirigin): responsável por ajudar a Dropbox a crescer 12 vezes mais;
  • Elliot Shmukler (LinkedIn): auxiliou o LinkedIn a passar de 20 milhões para 200 milhões de usuários; e
  • Josh Elman (@joshelman): atuou no Twitter durante seu período de maior expansão.

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Como já dito neste artigo, este tipo de fenômeno ainda se manifesta de modo tímido no Brasil – se você deseja conhecer o site BeeQO.com, clique aqui. Você conhece mais growth hackers? Qual é a sua opinião sobre o assunto?