Impressora 3D e um novo software revolucionam as cirurgias de alto risco

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No começo deste ano, um bebê de cinco meses foi escolhido para receber uma cirurgia completamente inédita. O pequeno Gabriel sofria de ataques epiléticos, algo que pode ser catastrófico em crianças tão novas, podendo causar danos permanentes a formação de uma pessoa.

Depois de tentar quase tudo, os médicos sugeriram uma cirurgia ainda experimental, uma hemisferectomia, isto é, separar a parte saudável do cérebro com o lado que está causando as disfunções. Ainda que muito invasiva e perigosa, esta ação era a única oportunidade que o menino teria para conseguir crescer e ter uma vida normal.

Para realizar uma cirurgia tão complicada, a solução encontrada pelo médico responsável foi se valer de uma impressora 3D para recriar o cérebro do menino. Utilizando a cópia para treinar o cirurgião para fazer exatamente o mesmo processo antes da cirurgia.

O modelo utilizado foi desenvolvido por um programa de simulação no hospital, que usa uma série de diferentes scanners, tanto por rádio quanto por som, para recriar uma réplica perfeita ao cérebro do paciente, que é construída em um material semelhante e com cores diferentes evidenciando os vasos e outras zonas críticas do órgão.

Passos adiante

A preparação da cirurgia depois de uma simulação fiel é muito mais simples, já que o médico é capaz de entender o que vai encontrar dentro do paciente e pode ser preparar para eventuais anomalias. Ainda que simulações médicas não sejam nada novo, este nível de detalhe e precisão nunca havia sido alcançado antes e tem ajudado a sanar a maioria dos problemas de cirurgias de alto risco.

Passados quase um ano do início deste projeto, a impressora já criou pelo menos 100 modelos precisos, 20 deles foram críticos para o sucesso de operações complicadas. “A tecnologia está vindo, a questão agora é ampliar o seu uso”, diz o doutor Joseph Masden, do hospital de Boston.

Gabriel, o bebê que serviu para dar molde à primeira impressão, tem agora 18 meses e se encontra perfeitamente saudável, seu cérebro já se recuperou do operatório e a criança está finalmente conseguindo se desenvolver com uma vida normal e saudável.

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