Maior tempestade geomagnética em 20 anos chega à Terra nesta sexta (10)

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A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) emitiu um alerta sobre uma intensa tempestade geomagnética que deve atingir a Terra a partir desta sexta-feira (10). A última vez que um fenômeno semelhante, tão poderoso, ocorreu foi há quase 20 anos, quando o Sol enviou plasma de alta energia em direção ao planeta. O evento deve continuar durante o fim de semana.

Classificado como uma tempestade do nível G4, a segunda mais poderosa da escala, o fenômeno solar pode interromper redes de comunicação e de eletricidade, sistemas de navegação via GPS e desencadear paisagens com auroras boreais em algumas regiões do mundo. As tempestades G4 são consideradas severas, pois podem danificar satélites e causar diversos problemas aos serviços terrestres.

O NOAA afirma que a tempestade geomagnética pode produzir pelo menos cinco ejeções de massa coronal (CMEs) que chegarão à Terra entre sexta-feira (10) e domingo (12); a maior partes desta energia deve ser recebida no sábado (11). O mesmo alerta não é emitido desde que a última tempestade intensa atingiu o planeta, em janeiro de 2005.

O poder é tão forte que é capaz de produzir auroras boreais em latitudes mais baixas do que o normal, mas apenas em algumas regiões do mundo, como no norte dos EUA e na Alemanha, e no sul da Tasmânia e da Nova Zelândia.

"Erupções solares adicionais podem fazer com que as condições de tempestade geomagnética persistam durante o fim de semana. CMEs são explosões de plasma e campos magnéticos da coroa solar. Eles causam tempestades geomagnéticas quando são direcionados à Terra. As tempestades geomagnéticas podem impactar as infraestruturas na órbita próxima da Terra e na superfície da Terra, perturbando potencialmente as comunicações, a rede de energia eléctrica, a navegação, as operações de rádio e satélite", o NOAA explica.

Maior tempestade geomagnética em 20 anos

A origem das ejeções de massa coronal é na mancha solar AR3664. Segundo o site Space, o pico da explosão solar desencadeou a perda temporária de sinais de rádio de alta frequência em algumas áreas da Europa Oriental, África Oriental e Ásia — apenas durante a manhã desta sexta-feira.

Não é incomum que essas tempestades intensas ocorram durante o atual fim do ciclo solar; o período acontece a cada 11 anos.Não é incomum que essas tempestades intensas ocorram durante o atual fim do ciclo solar; o período acontece a cada 11 anos.Fonte:  Getty Images 

A mancha tem uma largura de aproximadamente 16 vezes o tamanho da Terra; é tão grande que é possível observá-la a olho nu. Mas se você fizer isso, lembre-se de usar óculos especiais para não prejudicar a saúde dos seus olhos.

"Dada a necessidade legítima de proteger a Terra das formas mais intensas de clima espacial — grandes explosões de energia electromagnética e partículas que por vezes podem fluir do Sol — algumas pessoas temem que uma gigantesca 'explosão solar assassina' possa lançar energia suficiente para destruir a Terra. Qualquer pessoa com mais de 11 anos já viveu esse máximo solar sem nenhum dano", diz um estudo sobre o tema publicado em 2011.

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