Estudo sobre a Lua pode solucionar mistério das rochas lunares

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De acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Geoscience, uma equipe internacional de cientistas realizou novas observações que podem auxiliar na busca por respostas sobre alguns dos mistérios sobre a geologia lunar. O artigo pode ajudar a compreender como existe um tipo único de rocha em toda a superfície do nosso satélite natural.

Ao realizar observações no solo lunar, os pesquisadores descobriram que ocorreu uma reação abaixo da superfície lunar que resultou na troca de ferro do magma e magnético nas rochas. Os dados sugerem que a reação ocorreu há aproximadamente 3,5 bilhões de anos e alterou as propriedades químicas e físicas do magma derretido composto por íons de minerais liquefeitos.

Uma reação que aconteceu na lua há bilhões de anos pode explicar a origem das rochas espalhadas pela superfície da Lua; a imagem apresenta uma amostra com basalto e alto teor de titânio.Uma reação que aconteceu na lua há bilhões de anos pode explicar a origem das rochas espalhadas pela superfície da Lua; a imagem apresenta uma amostra com basalto e alto teor de titânio.Fonte:  NASA 

Segundo análises de amostras de lava solidificada da crosta lunar, os astrônomos descobriram que algumas regiões da Lua contém basalto com alto teor de titânio (Ti). Apesar disso, os cientistas do novo estudo explicam que os atuais modelos científicos não conseguiram recriar composições de magma que apresentem dados sobre basalto com alto teor de Ti.

“A origem das rochas lunares vulcânicas é uma história fascinante que envolve uma ‘avalanche’ de uma pilha de cristais instável em escala planetária, criada pelo resfriamento de um oceano de magma primordial. Central para restringir esta história épica é a presença de um tipo de magma único na Lua, mas explicar como tais magmas poderiam ter chegado à superfície, para serem amostrados por missões espaciais, tem sido um obstáculo problemático”, disse um dos autores e professor da Universidade de Bristol, Tim Elliott, em um comunicado.

Geologia da Lua

Um dos líderes da equipe, Martjin Klaver, explica que tem sido um desafio explicar a baixa densidade das rochas, algo que permitiu a erupção que aconteceu há mais de 3 bilhões de anos. Para tentar resolver esse mistério, a equipe realizou experimentos em laboratório com amostras de rocha derretida a fim de tentar reproduzir basalto com alto teor de titânio.

Ao combinar o resultado dos experimentos com análises das amostras lunares de basalto com alto teor de TI, o estudo encontrou uma composição única de diferentes isótopos de elementos dentro dos basaltos com alto teor de titânio. Assim, eles sugerem que estes dados podem ajudar a explicar a reação de derretimento abaixo da superfície lunar que aconteceu há bilhões de anos.

A descoberta do alto teor de titânio nas rochas lunares, pode deixar os cientistas mais próximos de desvendar os mistérios da geologia lunar.A descoberta do alto teor de titânio nas rochas lunares, pode deixar os cientistas mais próximos de desvendar os mistérios da geologia lunar.Fonte:  Getty Images 

“A origem do magmatismo basáltico rico em titânio na Lua permanece enigmática. Os cumulados contendo ilmenita no manto lunar são frequentemente creditados como a fonte, mas seus derretimentos parciais não correspondem à composição e são muito densos para permitir a erupção... A Lua tem uma longa história de vulcanismo basáltico em sua superfície, com atividade contínua pelo menos até 2 bilhões de anos atrás”, o estudo descreve.

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