Neuralink, de Elon Musk, abre formulário para testes em humanos

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Recentemente, a Neuralink, companhia de chips cerebrais de Elon Musk, obteve a aprovação institucional para iniciar testes clínicos em humanos. A empresa está iniciando este experimento, denominado "Estudo Principal", com o objetivo principal de introduzir interfaces cérebro-computador precisas e implantadas roboticamente para pessoas com paralisia.

A aprovação para testes em humanos foi concedida por um conselho de revisão institucional de um hospital independente, que supervisiona pesquisas biomédicas envolvendo seres humanos.  Essa luz verde é, sem dúvida, um marco significativo para a companhia liderada por Elon Musk e, em particular, para o cenário mais amplo da tecnologia BCI.

A Neuralink já havia garantido a aprovação da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos para prosseguir com testes em humanos, mas agora os testes realmente começarão, visto que a empresa até mesmo abriu um formulário para receber candidaturas de pacientes com paralisia que quiserem participar.

O objetivo da empresa é capacitar as pessoas a controlar os cursores ou teclados do computador apenas por meio de seus pensamentos. Para garantir a segurança e funcionalidade do implante, a startup realizará uma série de testes em casa e na clínica durante um período de 18 meses.

A empresa está criando ativamente um registro para participantes em potencial, concentrando-se principalmente naqueles com tetraplegia devido a lesões na medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica (ELA).

Para serem considerados, os candidatos devem ter pelo menos 22 anos. Aqueles que forem escolhidos para o ensaio serão submetidos a nove combinações de visitas clínicas domiciliares e presenciais, com previsão de duração de todo o estudo de seis anos.

O chip da Neuralink tem como premissa, restaurar a autonomia daqueles com necessidades médicas não atendidas.O chip da Neuralink tem como premissa, restaurar a autonomia daqueles com necessidades médicas não atendidas.Fonte:  Getty Images 

O implante é quase invisível e tem 1.024 eletrodos espalhados por 64 fios ultrafinos. Durante o teste, um cirurgião robótico colocará o implante de forma segura na área cerebral que controla a intenção do movimento. O dispositivo foi criado para transmitir sem fio a atividade elétrica do cérebro para um programa externo, que então decifra os sinais de movimento.

A Neuralink não está sozinha na corrida para comercializar a tecnologia BCI. A Synchron, uma empresa rival, demonstrou a eficácia de seu implante para auxiliar pacientes com paralisia cerebral a realizar tarefas bancárias online e realizar compras em casa. Além disso, dois ex-funcionários da empresa de Musk já se aventuraram em pesquisas independentes da BCI.

Jacob Robinson, professor e CEO da Motif Neurotech, afirma que o período experimental de 18 meses proposto pela empresa de Elon Musk é maior do que a maioria dos ensaios clínicos semelhantes. Ele vê isso como um indicador otimista para as perspectivas funcionais de longo prazo da tecnologia.

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