Perder peso nunca é uma tarefa simples, até mesmo para as pessoas que têm mais facilidade em treinar e realizar dietas. Não é à toa que diversas pesquisas sugerem que uma boa alimentação e exercícios físicos são a chave para uma vida saudável. Inclusive, um novo estudo publicado na revista científica National Library of Medicine, aponta que não existem diferenças significativas entre emagrecer rápido ou devagar.
Em um estudo realizado por uma equipe da Universidade de Sydney, na Austrália, cientistas conduziram testes com 200 participantes para entender os benefícios e malefícios da perda de peso rápida, em 12 semanas, em comparação com uma jornada de emagrecimento mais lenta, em até 36 semanas.
As pessoas buscavam reduzir cerca de até 15% do peso, mas os pesquisadores descobriram que não ocorreu nenhuma diferença significativa em ambos os modelos de dieta. No final, 76% das pessoas recuperaram o peso perdido em até três anos.
O grupo que perdeu peso rapidamente realizou uma dieta baseada na absorção de baixas calorias em três refeições diárias, incluindo alimentos como shakes proteicos, sopas e barrinhas de cereais; 81% dos participantes perderam cerca de 12,5% ou mais de peso durante o período.
Já o grupo que fez o regime alimentar por mais tempo, foi aconselhado a reduzir o consumo de 500 calorias da taxa diária, baseada no Guia Australiano de Alimentação Saudável; os participantes também perderam 12,5% ou mais do peso inicial.
- Veja também: O que é melhor para emagrecer: cardio ou musculação?
“As diretrizes recomendam a perda de peso gradual para o tratamento da obesidade, indicativo de uma opinião amplamente aceita de que o peso perdido rapidamente é recuperado mais rapidamente. Nosso objetivo foi investigar o efeito da taxa de perda de peso na taxa de recuperação em pessoas obesas”, é descrito no estudo.
Comumente, carboidratos são excluídos das dietas, mas os carboidratos integrais são considerados uma fonte essencial de nutrição; por isso, é importante sempre incluir substitutos para completar sua necessidade nutritiva.Fonte: GettyImages
Afinal, emagrecer rápido ou devagar?
Em outro estudo, realizado com 101 mulheres em pós-menopausa, os pesquisadores perceberam que uma dieta rápida causou melhores resultados a longo prazo. Contudo, em uma meta-análise, os cientistas perceberam que a perda lenta resultou em melhores resultados, principalmente, em relação ao metabolismo e ao número de calorias queimadas.
Apesar de existirem centenas de dietas, outros estudos apontam que não é importante se é uma dieta baixa em carboidratos ou rica em proteínas. No geral, a maioria das dietas saudáveis alcançam resultados semelhantes a longo prazo. Inclusive, regimes alimentares mais inovadores, como o jejum interminente, não mostraram resultados diferentes.
De acordo com o líder do programa de pesquisa da Universidade de Sydney, Nick Fuller, existem três dicas para alcançar o sucesso em uma dieta a longo prazo:
Três dicas para perder peso a longo prazo
- Seguindo programas baseados em evidências com base no que sabemos sobre a ciência da obesidade;
- Perder peso sob a supervisão de profissionais de saúde qualificados;
- Fazer mudanças graduais em seu estilo de vida – dieta, exercícios e sono – para garantir que você forme hábitos de saúde que durem por toda a vida.
É importante destacar que algumas dietas podem ser prejudiciais à saúde. Inclusive, alguns estudos sugerem que regimes alimentares mais restritivos podem reduzir as necessidades nutricionais e causar efeitos adversos, como maior risco de cálculos biliares, redução da densidade óssea, má função imunológica, entre outros problemas.
Portanto, consulte um profissional da saúde antes de qualquer dieta que for realizar – nada de tomar remédios para emagrecer sem prescrição médica. Eles irão acompanhar caso a caso e prescrever qual o melhor caminho a seguir.
