Risco de dengue na Europa cresce com mudanças climáticas

A Organização Mundial de Saúde, em conjunto com especialistas, fez um alerta sobre focos de dengue, e outros vírus, em países europeus. O risco crescente da doença na região também fez a ONU emitir um boletim epidemiológico que auxilia na prevenção e combate da infecção.

Doenças virais como Dengue, Chikungunya e Zika são conhecidas por serem endêmicas em regiões tropicais e subtropicais.

Elas são transmitidas por mosquitos Aedes, sendo o mais conhecido o Aedes Aegypti, que atuam como vetores no espalhamento dos vírus.

Atualmente o aumento de casos de dengue têm chamado a atenção das autoridades sanitárias, sendo que mais de 3 mil casos foram reportados nos últimos três anos em regiões da Europa.

A transmissão do vírus da dengue ocorre pela picada do mosquito infectado pelo patógeno.Fonte:  Getty Images 

De acordo com informações do boletim da ONU, casos de dengue já haviam sido relatados nos anos de 1930 no Sul da Europa. Mas, após o surto, a doença havia desaparecido.

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No entanto, os especialistas refletem que as mudanças climáticas, em conjunto com os processos de globalização, são os principais fatores para o retorno da circulação do arbovírus no continente.

Os ovos do mosquito são colocados em superfícies secas, que podem ser desde pequenos potes a paredes de containers. Os ovos permanecem viáveis por um longo período, eclodindo quando há a presença de água.

Mas importar o vetor é apenas um dos fatores. Ligando a cadeia de infecção, viajantes contaminados, mas assintomáticos ou erroneamente diagnosticados, podem auxiliar para o surgimento de novos casos.

Os ovos eclodem e as larvas podem sobreviver mesmo em pequenas quantidades de água.Fonte:  Getty Images 

Ao contrário de algumas doenças virais, no qual o corpo cria anticorpos e combate de forma eficaz novas infecções, a dengue segue outro curso.

De acordo com especialistas, o recontágio pode levar a um quadro mais grave da doença, podendo causar a morte.

As autoridades sanitárias refletem sobre os riscos do espalhamento de doenças antes concentradas apenas em regiões específicas como resultado das mudanças climáticas.

Sob este novo panorama, os países devem se preparar e traçar planos para prevenção, com medidas sanitárias que visem o bem-estar da população, assim como promover o manejo adequado dos novos casos diagnosticados.