Tecido inteligente avisa quando seu corpo está chegando à exaustão

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Pesquisadores do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH), desenvolveram um tecido que, quando usado para fazer roupas como calças e bermudas de ginástica, é capaz identificar movimentos e indicar sinais de exaustão para seus usuários. O estudo sobre o protótipo foi publicado na revista Advanced Materials.

Já pensou em estar caminhando, ou trabalhando em um serviço que exige esforço físico, e receber um alerta no celular de que você está ficando exausto e é melhor fazer uma pausa antes que se lesione?

O sensor formado pelo tecido foi costurado em uma calça legging para os testes.O sensor formado pelo tecido foi costurado em uma calça legging para os testes.Fonte:  Valeria Galli / ETH Zurich 

O tecido inteligente é produzido com fios que contêm um núcleo de borracha elástica e condutora, envolta por um fio rígido, em espiral, revestido de uma fina camada de plástico. Ambos os fios são condutores.

Conforme o conjunto se movimenta, um campo elétrico é formado e armazenado. Esse componente filamentoso possui uma característica especial: ele se torna mais espesso quando esticado.

Os fios do tecido.Os fios do tecido.Fonte:  Tyler Cuthbert / ETH Zurich 

Graças a essa propriedade especial, as cargas formadas, apesar de pequenas, são medidas por um sensor muito sensível, que consegue detectar até mesmo movimentos muito sutis.

Mas como o tecido pode dizer se alguém está cansado?

A capacidade de dizer se alguém está chegando à exaustão é medida através da diferença do campo elétrico, produzido pelo esticar e contrair do tecido ao longo de uma caminhada, por exemplo.

O tecido inteligente pode ser uma ferramenta contra lesões, não apenas para o esporte, mas também no ambiente de trabalho.O tecido inteligente pode ser uma ferramenta contra lesões, não apenas para o esporte, mas também no ambiente de trabalho.Fonte:  Getty Images 

Nos testes, os pesquisadores perceberam que quando os participantes começavam a apresentar sinais de cansaço, as passadas se tornavam mais lentas, mais curtas e irregulares.

Essas diferenças na movimentação, e consequentemente a diferença do campo elétrico produzido, são o indicativo para a previsão do cansaço.

Mas o tecido é um protótipo. Os pesquisadores explicam que a há ainda necessidade de mais estudos e dados para que as medidas de exaustão e cansaço sejam refinadas.

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