Novo sensor vestível pode monitorar risco de perda muscular

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Imagem: Universidade Estadual de Ohio

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio (OSU), nos Estados Unidos, para monitorar as condições físicas de astronautas da NASA acabou resultando em um dispositivo vestível projetado para detectar e monitorar a atrofia muscular.

O novo sensor, que se parece com um manguito de medir pressão arterial, pode beneficiar pacientes com doenças degenerativas, envelhecimento ou desuso muscular. Embora o acompanhamento desses casos seja feito atualmente por exames de ressonância magnética, esses testes podem ser às vezes demorados e caros.

A proposta de uma alternativa simplificada, publicada na revista IEEE Transactions on Biomedical Engineering, consiste em um sensor eletromagnético com duas bobinas elétricas feitas de fios condutores – chamados de e-threads pelos pesquisadores – que são costurados em um padrão de zigue-zague no tecido. Um dos enrolamentos funciona como transmissor e outro como receptor.

Como foi testado o novo monitor de atrofia muscular?

A pesquisadora Allyana Rice com o sensor no ElectroScience Laboratory.A pesquisadora Allyana Rice com o sensor no ElectroScience Laboratory.Fonte:  Universidade Estadual de Ohio 

Para testar a eficácia do wearable, as autoras do trabalho o vestiram em moldes de perna impressos em 3D (fantomas canônicos), posteriormente preenchidos com carne moída para simular o músculo da panturrilha de uma pessoa de tamanho médio.

Com base na lei de indução de Faraday, as pesquisadoras induziram uma corrente variável na bobina de transmissão de modo a gerar um fluxo magnético na bobina de recepção "que podemos medir", explicou ao New Atlas a principal autora do trabalho, Allyane Rice, engenheira elétrica da OSU. "À medida que a circunferência do membro aumenta, o fluxo magnético geral e a tensão na bobina de recepção também aumentam", resumiu.

A conclusão foi que o sensor proposto detectou com precisão alterações de pequena escala na circunferência geral do membro monitorado, sendo capaz de medir perdas musculares de até 51%. O seu uso possibilita um monitoramento do desgaste muscular, tanto em pacientes com doenças degenerativas como em astronautas atuando em ambientes sem gravidade.

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