Foguete sul-coreano lançado em Alcântara coloca Brasil no mercado espacial

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Imagem: Força Aérea Brasileira/Reprodução

O Programa Espacial Brasileiro conquistou um marco histórico no último domingo (19), com o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TLV às 14h52, a partir da base de Alcântara, no Maranhão. A parceria entre os dois países enviou o veículo suborbital, não tripulado, que atuará como um lançador de satélites de baixo custo.

A operação, chamada de Astrolábio, é resultado do trabalho conjunto da Força Aérea Brasileira (FAB) com a Innospace, startup da Coréia do Sul de voos espaciais privados. A atividade, com um voo que durou 4 minutos e 33 segundos, se tornou o primeiro lançamento experimental para fins comerciais entre o Brasil e uma empresa estrangeira.

A ação, a de número 500 do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), teve como principal objetivo mostrar ao mundo a capacidade do Brasil de desenvolver tecnologias aeroespaciais. A expectativa é atrair diversas operações comerciais a partir da base, considerada um dos melhores locais de lançamento do mundo.

Além da previsão de evolução do próprio centro em termos estruturais, a demonstração deve trazer outros ganhos ao país. Como exemplos podem ser citados a valorização da indústria nacional no setor e crescimento de serviços no entorno da região.

O foguete HANBIT-TLV

O pequeno lançador de satélites mede 16,5 metros e pesa 8,4 toneladas, capaz de transportar cargas de até 50 kg. O veículo levou a bordo uma tecnologia 100% brasileira, denominada Sistema de Navegação Inercial (SISNAV).

Tal protótipo de rastreio, transmissão e recebimento de dados serve para a navegação autônoma de foguetes, prometendo colocar o Brasil como um forte ator no desenvolvimento e envio de veículos espaciais de todos os tipos.

A base de Alcântara

Conforme dito anteriormente, a base de Alcântara é uma das melhores do mundo para lançar foguetes. Isso porque está situada muito próxima à linha do Equador, com menores distâncias para chegar ao espaço, o que diminui em cerca de 30% os custos dos combustíveis propelentes utilizados pelos foguetes.

Em adição, o Nordeste brasileiro possui condições climáticas mais estáveis, cujos índices de vento e chuva são mais bem definidos ao longo do ano e que, assim, permitem melhor que agências e empresas espaciais consigam cumprir com seus cronogramas de lançamentos.

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