Agência americana diz que pandemia de covid pode ter surgido em laboratório

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O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) atualizou seu relatório final sobre a origem do vírus que deu início à pandemia da covid-19 no mundo, em 2020. De acordo com a agência responsável pela política de energia e segurança nuclear naquele país, o microrganismo teria surgido a partir do vazamento "acidental" de um laboratório chinês.

Segundo o The Wall Street Journal, que divulgou a notícia no domingo (26), a atualização confidencial do estudo de 2021 teria sido enviada por cópia tanto à Casa Branca como a alguns legisladores seniores do Congresso dos EUA. Embora o documento não seja conclusivo, há uma visão consensual entre seus autores de que a covid-19 não fazia parte de nenhum programa de armas biológicas.

Além disso, também não fica claro no documento qual laboratório teria sido responsável ou em quais circunstâncias o suposto vazamento teria ocorrido. Essas descobertas atualizadas do DoE – que as classifica como de "baixa confiança" em termos de certeza absoluta – contrariam os relatórios de outras quatro agências de inteligência dos EUA.

O que dizem as autoridades sobre a teoria de vazamento do vírus?

O Instituto de Virologia de Wuhan – foco de debates políticos – não foi formalmente apontado no relatório do DoE. (Fonte: Wuhan Institute of Virology/Wikimedia Commons/Reprodução)O Instituto de Virologia de Wuhan – foco de debates políticos – não foi formalmente apontado no relatório do DoE. (Fonte: Wuhan Institute of Virology/Wikimedia Commons/Reprodução)Fonte: Wuhan Institute of Virology/Wikimedia Commons/Reprodução

Os relatórios encomendados pelo governo americano a outras quatro agências de inteligência concluíram que a origem da pandemia do coronavírus teria sido por uma transmissão natural de um animal infectado para um ser humano. Outras duas agências continuam indecisas, pois até hoje o tal hospedeiro animal nunca foi encontrado, o que jogou o centro de pesquisas virológicas de Wuhan no centro do debate político sobre a origem do vírus.

Conforme o Wall Street Journal, as autoridades americanas se recusaram a revelar quais são as novas informações ou análise que levaram o DoE a mudar sua posição. Um funcionário da agência, ouvido pela publicação, afirmou que a atualização, que tem menos de cinco páginas, não foi encomendada pelo Congresso, mas sim realizada “à luz de novas informações, estudo mais aprofundado da literatura acadêmica e consulta a especialistas fora do governo.”

As autoridades chinesas contestaram a possibilidade de o vírus ter vazado de qualquer um de seus laboratórios.

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