#AstroMiniBR: qual programa de TV os alienígenas podem estar assistindo?

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Imagem: NASA

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: Um coração na constelação de Órion

A Nebulosa de Órion, catalogada oficialmente como NGC 1976 e M42, é um dos mais famosos e célebres objetos celestes do nosso céu. Trata-se de uma gigantesca nuvem molecular difusa e brilhante que se espalha por uma distância de 24 anos-luz no espaço e é levemente visível a olho nu em noites escuras.

Localizada na espada da figura imaginária do Caçador na constelação de Órion, a nebulosa fica a cerca de 1.350 anos-luz da Terra e é constituída por centenas de estrelas jovens, muito quentes e massivas, que são agrupadas em torno de um conjunto de quatro estrelas conhecido como o Trapézio. A radiação combinada dessas estrelas excita e ioniza as moléculas do gás da nuvem e esse resultado confere o brilho característico da nebulosa.

A Nebulosa de Órion foi descoberta em 1610 e foi o primeiro objeto celeste de sua categoria a ser fotografado, dois séculos depois, sendo alvo pioneiro para o estudo da formação de novas estrelas, fato que a torna um dos principais objetos de referência até hoje.

#2: Não existem imagens em alta definição de exoplanetas

Até a presente data, já foram descobertos mais de 5 mil planetas fora do Sistema Solar, os exoplanetas. Embora existam algumas imagens diretas desses corpos, como a apresentada na fotografia à direita acima, em geral, a maioria das fotos que encontramos ao navegar sobre o assunto na internet são representação artísticas feitas computacionalmente.

Isso acontece devido ao fato de que obter imagem diretas com boa qualidade de exoplanetas é extremamente difícil e, na maioria gigantesca dos casos, essa tarefa é, de fato, impossível. Sendo pequenos e escuros, os planetas são facilmente perdidos no brilho das estrelas que eles orbitam. Para efeito de comparação, a dificuldade da tarefa seria equivalente a tentar observar uma pequena mosca voando próximo de uma lâmpada em um poste situado a 100 quilômetros de distância.

No entanto, mesmo com essas enormes dificuldades, a tecnologia atual existente em alguns telescópios consegue obter circunstâncias especiais nas quais um exoplaneta pode ser observado diretamente. Nesses casos, são utilizadas técnicas de imageamento em infravermelho que permitem ver tais planetas com um brilho superior àquele obtido a partir da luz visível.

#3: Qual programa de TV uma civilização alienígena poderia estar assistindo?

Os astrônomos estimam que existam entre 200 e 400 bilhões de estrelas na nossa galáxia, a Via Láctea. Contudo, apenas uma fração minúscula desse número compõe a nossa vizinhança estelar. O Sistema Solar – cujo Sol é a única estrela – é um sistema relativamente isolado quando comparado a outras estrelas na galáxia, como as localizadas em aglomerados globulares.

Em um raio de 20 anos-luz do Sol, existem apenas cerca de 130 estrelas, por exemplo. Nessa perspectiva, podemos questionar: até que ponto nossos sinais eletromagnéticos já atingiram no espaço sideral? Se considerarmos que começamos a transmitir sinais de rádio há cerca de 100 anos, aproximadamente, sabendo que eles viajam no espaço em todas as direções na velocidade da luz, isso significa que os primeiros sinais viajaram uma distância máxima de 100 anos-luz da Terra!

Ampliando essa ideia, a imagem acima esboça uma representação de até onde chegaram alguns sinais de programas de TV enviados para o espaço. Uma eventual civilização alienígena localizada na estrela Sirius que estivesse captando nossos sinais, por exemplo, poderia ter Bob Esponja entre sua programação televisiva!

#4: As galáxias obscurecidas por poeira

Um dos melhores acrônimos inventados pelos astrônomos as galáxias hot-DOGs (da sigla em inglês para hot, dust obscured galaxies) são galáxias quentes que estão obscurecidas por poeira.

Trata-se de um tipo raro de quasar cujo buraco negro central emite grandes quantidades de radiação que aquece a poeira e o gás que o alimenta, liberando quantidades massivas de luz infravermelha a uma taxa de até 1.000 vezes mais que a Via Láctea. Esse fato faz com que galáxias hot-DOGs sejam algumas dos objetos mais luminosas do universo. Contudo, a densidade da poeira circundante é tão grande que a maior parte dessa luz é obscurecida.

#5: A bela NGC 1097

O telescópio Hubble da NASA/ESA capturou as imagens espetaculares acima do brilhante anel de formação de estrelas que envolve o coração da galáxia espiral barrada NGC 1097.

Nesta imagem, a estrutura em maior escala da galáxia é quase invisível: seus braços espirais relativamente escuros, que envolvem seu núcleo, estão estendidos além das bordas da imagem. Esta galáxia espiral está situada a 45 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação austral de Fornax (A Fornalha), e hospeda em seu centro um buraco negro supermassivo com 100 milhões de vezes a massa do nosso Sol.

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