Sistema de veículos autônomos inspirado em insetos pode aumentar segurança

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A Tesla e outras companhias que oferecem soluções de direção autônoma costumam usar a tecnologia de radar e LiDAR para evitar colisões, contudo, os atuais sistemas autônomos não funcionam muito bem durante a noite. Em busca de oferecer uma opção mais segura aos motoristas, pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, criaram um sistema autônomo inspirado em insetos.

Um estudo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica American Chemical Society Nano, liderado pelo professor Saptarshi Das. Para produzir um sensor semelhante ao natural, eles estudaram as redes neurais de insetos, como gafanhotos, e entenderam como os bichos evitam colidir ou ser capturados por predadores.

Assim, os cientistas projetaram um algoritmo baseado no circuito neural dos insetos. Com o novo sistema, por exemplo, em vez de processar uma imagem inteira para evitar um obstáculo, será processada apenas uma variável: a intensidade dos faróis dos carros ao redor — ou seja, um veículo não precisará de diversas câmeras distribuídas por todos os lados.

“Aqui, mostramos que os algoritmos de detecção de colisão inspirados em insetos, quando implementados em conjunto com o processamento no sensor e ativados por circuitos integrados optoeletrônicos inovadores baseados na tecnologia de memtransistor atomicamente fino e fotossensível, podem simplificar bastante a detecção de colisão à noite”, foi publicado no estudo.

O projeto se baseou no circuito neural de insetos, como o gafanhoto, e pode ajudar a diminuir acidentes de trânsito, principalmente, durante a noiteO projeto se baseou no circuito neural de insetos, como o gafanhoto, e pode ajudar a diminuir acidentes de trânsito, principalmente, durante a noiteFonte:  Shutterstock 

Sensor autônomo de insetos

Dessa forma, os pesquisadores criaram um sensor optoeletrônico que usa oito "memtransistores" fotossensíveis a partir de uma camada de dissulfeto de molibdênio (MoS2). Com apenas 40 micrômetros quadrados, o sensor usa apenas algumas centenas de picojoules — ele necessita muito menos energia que os sensores tradicionais. Em testes de cenários reais, a tecnologia conseguiu prever um acidente cerca de dois a três segundos antes de acontecer.

O tempo pode até parecer curto, mas três segundos pode ser o tempo necessário para o motorista, ou para o sistema do veículo autônomo, corrigir o carro e evitar o acidente. Segundo os cientistas, a ideia é que o sensor melhore as atuais opções, mas provavelmente elas não serão substituídas pelo sistema inspirado por insetos.

“Acreditamos firmemente que os detectores de colisão propostos podem aumentar os sensores existentes necessários para garantir a segurança veicular autônoma”, disseram os cientistas no estudo.

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