Satélite da NASA desativado em 2005 cai na Terra

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Um antigo satélite já aposentado pela NASA (agência espacial dos Estados Unidos) – o Earth Radiation Budget Satellite (ERBS) – caiu na Terra na madrugada de segunda-feira (9), após permanecer quase quarenta anos no espaço. Por mais da metade desse tempo, o objeto orbitou a Terra, até a sua desativação oficial, ocorrida em 14 de outubro de 2005.

De acordo com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o objeto – um trambolho de 2,5 toneladas – fez a sua reentrada na atmosfera terrestre em um ponto sobre o Mar de Bering, entre o Alasca e a Sibéria. Embora a agência espacial norte-americana apostasse que o objeto seria totalmente incinerado durante a sua queda, partes da estrutura resistiram e caíram provavelmente no oceano, sem qualquer registro de danos ou feridos.

O ERBS tinha uma previsão de vida útil de apenas dois anos, mas operou normalmente em órbita da Terra até alguns dias após completar 21 anos da data de seu lançamento de Cabo Canaveral, em 5 de outubro de 1984.

O que fazia o satélite ERBS na órbita da Terra?

O satélite ERBS foi ao espaço a bordo do ônibus espacial Challenger. (Fonte: NASA)O satélite ERBS foi ao espaço a bordo do ônibus espacial Challenger. (Fonte: NASA)Fonte:  NASA 

Quando decolou a bordo do charmoso ônibus espacial Challenger em 1984, o ERBS levou a bordo três instrumentos, dois para medir o balanço da energia solar absorvida e irradiada pela Terra, e o terceiro destinado a avaliar constituintes estratosféricos, como ozônio, vapor d’água, dióxido de nitrogênio e aerossóis.

Esse orçamento de radiação terrestre (que dá nome ao satélite) representa um importante marcador na saúde do clima, e sua correta avaliação pode ser útil no estabelecimento de padrões climáticos do planeta. Já as medições das concentrações de ozônio na estratosfera servem para avaliar os níveis de proteção contra a perigosa radiação ultravioleta.

As informações colhidas pelo Experimento de Aerossol e Gás Estratosférico II (SAGE II) do ERBS foram fundamentais para denunciar ao mundo a redução dramática da camada de ozônio em escala global na época. Os dados orientaram a formatação do Acordo do Protocolo de Montreal, acordo internacional que determinou a redução do uso de clorofluorcarbonetos (CFCs) em todo o mundo.

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