#AstroMiniBR: saiba qual é o elemento químico mais comum no Universo

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Imagem: NASA

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: Qual é o elemento químico mais abundante do Universo?

A matéria ordinária consiste nos átomos que compõem estrelas, planetas, seres humanos e todos os outros objetos visíveis no Universo. Por mais impressionante que isso pareça para uma ideia intuitiva, a matéria comum representa a menor proporção de todos os constituintes do Universo, aproximadamente 5%. No modelo padrão da Cosmologia moderna, estima-se que 70% de tudo que existe seja energia escura e os demais 25% sejam matéria escura.

Dentre os átomos da matéria ordinária, hidrogênio é o elemento químico que impera no Universo: cerca de 75% de tudo que existe são átomos de hidrogênio. O segundo lugar é ocupado pelo hélio, o segundo átomo mais simples da tabela periódica, representando cerca de 23%. Um fato curioso é que na astronomia, todos os elementos químicos mais pesados que esses dois átomos são referidos como “metais”, embora isso inclua elementos como carbono e oxigênio que não são considerados metais no sentido padrão.

A produção de metais é uma consequência da evolução estelar. Embora metais mais leves que o ferro sejam produzidos no interior das estrelas por meio de reações de fusão nuclear, apenas uma fração muito pequena escapa (através de ventos estelares ou pulsações térmicas) para ser incorporada a novas estrelas. Por isso, a maioria dos metais encontrados no Universo são produzidos e expelidos nas explosões de supernovas que marcam o fim da vida de muitas estrelas.

#2: Um jantar cósmico

No início deste ano, o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO) foi alertado que uma fonte incomum de luz visível havia sido detectada. O VLT, então, juntamente com outros telescópios, foi rapidamente reposicionado em direção à fonte: um buraco negro supermassivo em uma galáxia distante que havia devorado uma estrela, expulsando os restos em um jato energético poderosíssimo.

Os astrônomos descobriram que este é o exemplo mais distante de tal evento já observado. Como o jato está quase apontando quase que diretamente para nós, esta também é a primeira vez que foi descoberto com luz visível, fornecendo uma nova maneira de detectar esses eventos extremos. Estrelas que vagam muito perto de um buraco negro são dilaceradas pelas incríveis forças de maré do buraco negro no que é conhecido como evento de ruptura de maré. Os astrônomos estão constantemente caçando esses eventos extremos para entender como os jatos são realmente criados e por que uma fração tão pequena de estrelas devoradas os produz.

#3: Um recorde para as viagens espaciais tripuladas

A espaçonave Orion da NASA foi projetada para levar novamente os seres humanos à Lua. Atualmente a espaçonave encontra-se realizando a primeira etapa da missão Artemis, no espaço, e realiza uma série de manobras e testes entre as órbitas da Terra e da Lua. Nessa jornada, capturou o raro registro mostrado no vídeo acima: voando a quase 450 mil quilômetros de distância da Terra (um novo recorde para uma espaçonave projetada para transportar seres humanos), as câmeras dos sistemas ópticos da Orion capturaram a visão da Lua eclipsando o no planeta azul.

#4: A beleza do Senhor dos Anéis do Sistema Solar

Um dos planetas mais brilhantes nos céus noturnos, boas visões telescópicas de Saturno e seus belos anéis quase sempre o tornam uma estrela em encontros de astrônomos amadores.

A imagem acima, contudo, apresenta uma característica peculiar: esta visão deslumbrante do gigante gasoso e dos seus anéis simplesmente não é possível a partir da Terra. Como o planeta encontra-se em uma órbita mais externa à órbita da Terra, qualquer observação da Terra só pode trazer o dia de Saturno à vista.

Na verdade, esta imagem foi capturada pela sonda Cassini da NASA que teve como lar as órbitas de Saturno por 13 anos antes de ser direcionada a mergulhar em sua atmosfera em 2017. Este magnífico mosaico é composto de quadros gravados pela câmera grande angular da Cassini apenas dois dias antes de seu grande mergulho final. Uma noite como essa de Saturno não será vista novamente até que outra nave espacial enviada por humanos chegue até lá.

#5: O disco protoplanetário HL Tauri

Por que a imagem desse disco acima tem lacunas? A resposta é: planetas! Trata-se do sistema estelar HL Tauri registrado pelo Atacama Large Millimeter Array (ALMA) de telescópios no Chile. Com apenas 1 milhão de anos, o HL Tauri  é um disco protoplanetário que se estende por cerca de 1.500 minutos-luz de diâmetro e apresenta um dos detalhes mais notáveis de um sistema estelar em formação já observados até hoje. O sistema HL Tauri fica a cerca de 450 anos-luz da Terra e seu estudo fornece informações sobre como nosso próprio Sistema Solar se formou e evoluiu.

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