Música alta pode causar perda auditiva em 1 bilhão de pessoas, diz estudo

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Um hábito muito comum, principalmente entre os jovens, de ouvir música alta em fones de ouvido ou em locais de entretenimento, está prejudicando a audição de uma população que pode chegar a 1,35 bilhão de pessoas entre 18 e 34 anos no mundo. Liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a pesquisa foi publicada em meados de novembro na revista BMJ Global Health.

O objetivo do estudo foi determinar uma hegemonia mundial de práticas auditivas inseguras resultantes decorrentes da exposição a dispositivos de escuta pessoal (PLDs na sigla em inglês) e locais de entretenimento barulhentos entre indivíduos ente 12 e 34 anos de idade. A meta-análise pesquisou o número de pessoas que podem estar em risco de perda auditiva entre esses jovens.

Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte:  Shutterstock 

O conceito de prática auditiva insegura – determinado pelos National Institutes of Health (NIH) dos EUA – afirma que, para serem considerados seguros e com baixa probabilidade de causar perda auditiva, os sons devem ser iguais ou inferiores a 70 decibéis. De acordo com o estudo, os usuários de fones de ouvido ouvem música em 105 decibéis, enquanto os ruídos em locais de entretenimento vão de 104 a 112 decibéis.

Para comprovar sua hipótese, os pesquisadores analisaram dados de 33 estudos revisados por pares, todos relativos à perda auditiva em uma população superior a 19 mil pessoas, nas duas últimas décadas.  Utilizando um modelo para equalizar os limiares de intensidade e duração da exposição à escuta insegura, os autores chegaram a uma prevalência estimada de 48,20%.

A conclusão do estudo foi que as práticas auditivas inseguras estão disseminadas e são altamente prevalentes no mundo inteiro, podendo colocar mais de 1 bilhão de jovens em risco de perda auditiva. "Há uma necessidade urgente de priorizar políticas focadas na escuta segura. A OMS fornece materiais abrangentes para auxiliar no desenvolvimento e implementação de políticas", recomenda o estudo.

ARTIGO - BMJ Global Health - DOI: 10.1136/bmjgh-2022-010501.

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