Astrônoma é banida do Twitter após divulgar vídeo de meteoro; entenda

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Imagem: Shutterstock

A astrônoma Mary McIntyre afirma que foi bloqueada do Twitter em agosto de 2022 por compartilhar um simples vídeo de um meteoro. Segundo a ferramenta automatizada de moderação da plataforma, o vídeo foi categorizado como "conteúdo íntimo" e, por isso, o perfil da cientista foi bloqueada — íntimo para o planeta Terra, talvez?

O grande problema é que o vídeo realmente era de um meteoro, e não de conteúdo sexual como apontado pelo Twitter. Após receber uma notificação sobre o ocorrido, McIntyre resolveu apagar o tuíte, contudo, sua conta foi bloqueada logo em seguida. Desde então, ela tentou fazer uma apelação online, mas já se passaram três meses do bloqueio.

"É uma loucura ... eu realmente não quero que fique registrado que estou compartilhando material pornográfico quando não fiz isso. Sinto falta da interação. Sinto como se estivesse com o contato cortado com o mundo da astronomia", disse a astrônoma à BBC.

Captura de imagem do meteoro divulgado por Mary McIntyre.Captura de imagem do meteoro divulgado por Mary McIntyre.Fonte:  Mary McIntyre/Reprodução 

Banidos do Twitter

De acordo com ela, outros astrônomos compartilharam o seu vídeo de um meteoro e não foram penalizados por isso — a conta ainda está visível, porém, ela não consegue mais acessá-la. O meteorologista norte-americano Ryan Vaughan passou por uma situação semelhante, quando foi notificado por conteúdo sexual ao compartilhar um vídeo de máquinas de colheitadeiras agrícolas.

Segundo a comentarista de tecnologia Kate Bevan, os ocorridos mostram como as ferramentas de inteligência artificial (IA) ainda são limitadas, comumente usadas pelo Twitter e por outras redes. Em entrevista à BBC, ela aponta que as IAs são confiáveis para decisões rápidas, mas podem mostrar falhas em situações como a que a astrônoma passou.

"É ainda pior quando não há humanos disponíveis para revisar as decisões erradas da inteligência artificial. Além da injustiça, isso significa que o modelo de inteligência artificial não está recebendo feedback, então nunca vai aprender a melhorar”, disse Bevan à publicação britânica.

Fontes

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